A resseguradora IRB Brasil RE anunciou no final de ontem (15) um prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões no segundo trimestre, crescimento de 80,4% frente à perda registrada um ano antes, com o balanço mostrando desenquadramento em indicadores regulatórios.
Os sinistros retidos ficaram praticamente estáveis no trimestre em relação a igual etapa de 2021, em R$ 1,7 bilhão, enquanto o índice de sinistralidade total disparou 28,5 pontos percentuais, a 124,2%.
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Na outra ponta, o prêmio total emitido pela empresa entre abril e junho recuou 22% ano a ano, a R$ 1,7 bilhão.
As despesas gerais e administrativas diminuíram 25,1%, para R$ 79,4 milhões.
O IRB disse que “apresentou ao regulador Plano de Regularização de Cobertura, que deverá sanar a insuficiência de ambos os indicadores regulatórios no horizonte temporal definido pela legislação”.
A resseguradora reafirmou que resolverá o problema por meio de operações já divulgadas anteriormente, “como transferência de portfólio, vendas de ativos, dívidas e/ou subscrição de ações”.
Ontem (15), a ação do IRB desabou quase 10%, após a empresa admitir que estuda realizar uma captação de recursos por meio de uma oferta pública primária de ações, mas que ainda não definiu a sua efetiva realização. Em abril e maio, a companhia teve prejuízo, o que alimentou apostas de que terá que fazer um novo aumento de capital.
O IRB registrou caixa consumido de R$ 476 milhões no trimestre.