Quando entrou na posição, em 2018, o clube mineiro tinha sete parceiros e faturava R$ 26 milhões por ano em patrocínio. Hoje, são 18 patrocinadores ativos, que devem fazer o “galo” ganhar R$ 53 milhões neste ano.
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O CCO do Atlético conta que hoje os benefícios para os patrocinadores vão além da visibilidade durante os jogos. Os contratos permitem às empresas parceiras terem um forte relacionamento com os torcedores. Elas podem levar convidados para visitar o clube e realizar diversas iniciativas para a ativação da marca.
Segundo Melo, não basta apenas estampar o logotipo da empresa patrocinadora na camisa durante os jogos, mas é preciso capitalizar a imagem dos jogadores mais famosos. No caso do Atlético, nomes como o atacante Hulk e o ponta Zaracho. “Vincular esses atletas às marcas foi um passo muito importante para conseguir ainda mais patrocinadores”, diz ele. “Poder utilizar as imagens desses craques nas redes sociais é essencial, e fazemos muito disso aqui.”
Essa receita não supera os ganhos tradicionais, como receitas da televisão e venda de atletas, mas ela proporciona mais fôlego às finanças do clube. Além disso, o faturamento fica mais previsível: o ganho com a presença nos estádio depende muito da campanha do time e do apoio do torcedor.
Reforço na base
Um exemplo do foco dos investidores na base veio da Gerdau, maior siderúrgica brasileira. Ela começou a patrocinar as categorias mais jovens do Atlético, e só depois estendeu essa estratégia para o time profissional. “Eles viram o quanto era importante para o clube desenvolver os jovens, e perceberam que o retorno para a marca também era muito relevante, então decidiram expandir o apoio”, diz Melo.
Times como empresa
O Atlético Mineiro está finalizando o processo de tornar-se uma SAF (Sociedade Anônima no Futebol). Melo afirma que essa evolução para esse perfil empresarial permitirá trazer ainda mais investimentos ao esporte, tanto de companhias brasileiras quanto de marcas internacionais. A gestão do clube mudou muito no ano passado, diz ele. A vinda de empresários para o conselho mudou a imagem perante as marcas.
“A Betano, empresa internacional de apostas esportivas, viu essa mudança e decidiu investir no Atlético como seu primeiro ativo na América do Sul. No fim do ano passado, depois que o clube ganhou boa parte dos campeonatos, ela estendeu o seu contrato por mais quatro anos e ainda investiu mais dinheiro no clube”, diz o CCO.