O dia foi volátil para o Ibovespa, que oscilou entre perdas e ganhos durante a sessão de hoje (19). No entanto, o principal índice da B3 ganhou força minutos antes do encerramento do pregão e fechou o dia com alta de 0,46%, voltando para a casa dos 116 mil pontos (116.274).
O Ibov foi impulsionado pelas ações das petrolíferas, que acompanharam a forte alta do petróleo. O Brent avançou 2,64%, a US$ 92,41 por barril, e o WTI subiu 3,30%, a US$ 85,55.
Na esteira da valorização da commodity, 3R Petroleum (RRRP3), PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR3; PETR4) figuraram entre as cinco maiores altas do dia, acelerando 5,96%, 3,72%, 3,71% e 3,54%, respectivamente.
Ainda entre os destaques positivos do dia, estão os papéis da Tim (TIMS3), que subiram 4,68%, a R$ 12,74, e as da Telefônica Brasil (+1,27%, a R$ 39,88).
Investidores monitoram o imbróglio que envolve a aquisição conjunta com a Claro dos ativos de telefonia móvel da Oi. As três operadoras pediram uma redução no valor da compra por questões técnicas.
No exterior, o dia foi fraco para os principais índices de Wall Street. Após ganhos na véspera, influenciado pelo otimismo nos balanços corporativos, o dia foi de atenção para a divulgação do Livro Bege, do Federal Reserve.
O relatório sobre as condições econômicas do país indicou que as perspectivas ficaram mais pessimistas por conta das crescentes preocupações com o enfraquecimento da demanda.
O Livro Bege pode contribuir pouco para moderar as expectativas de um quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual pelo Fed em sua próxima reunião.
Para Rafael Perez, economista da Suno Research, com a inflação resiliente e a elevação dos juros, é provável que haja uma desaceleração mais forte da economia. “Com isso, enxergamos uma queda mais acentuada nos primeiros trimestres de 2023.”
Em meio a esse cenário, o Dow Jones caiu 0,33%, aos 30.423 pontos, o S&P 500 cedeu 0,67%, aos 3.695 pontos, e o Nasdaq caiu 0,85%, aos 10.680 pontos.
O dólar registrou alta de 0,42% frente ao real, a R$ 5,2747, acompanhando o movimento externo de maior cautela em meio a temores.
Ainda sobre a Europa, dados de hoje mostraram que a inflação no Reino Unido voltou a uma máxima de 40 anos, a 10,1%, enquanto na zona do euro o avanço dos preços ao consumidor em setembro foi revisado para baixo a 9,9% na base anual, nível que ainda é recorde. (Com Reuters)
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