Quão ricos são o príncipe Harry e Meghan Markle?

19 de janeiro de 2023
Forbes USA

Princípe Harry e Meghan Markle se dedicam a criação de conteúdo para a Netflix e Spotify

O príncipe Harry e Meghan Markle têm trabalhado muito, se dedicando a uma série de atividades desde que chocaram o mundo ao renunciarem a seus cargos na realeza britânica há três anos. Investiram em livros – com o best-seller Spare (“O que Sobra”, Companhia das Letras) de Harry quebrando recordes –, filmes, televisão e podcasts que somam um valor estimado de mais de US$ 135 milhões (R$ 703,54 milhões).

Há rumores de que Harry recebeu um adiantamento de US$ 20 milhões (R$ 104,23 milhões) por seu último trabalho, o livro “O que Sobra”, lançado no início deste mês e que vendeu mais de 1,4 milhão de cópias no dia do lançamento, superando as 887 mil cópias do primeiro dia de lançamento do livro de memórias do ex-presidente dos EUA Barack Obama, em 2020. O livro de Harry se tornará o livro de não ficção mais vendido de todos os tempos, segundo o Guinness World Records.

Entretanto, talvez o acordo mais lucrativo assinado pelo casal até agora seja o contrato de US$ 100 milhões (R$ 521,15 milhões) com a Netflix, firmado em setembro de 2020, com duração de cinco anos para produzir documentários, longa-metragens, séries e programas infantis.

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Em 2020, o casal ostentou ao comprar uma casa de US$ 14,7 milhões (R$ 76,60 milhões) na cidade litorânea de Montecito, Califórnia, tendo como vizinhos bilionários e celebridades como Oprah Winfrey, Ellen Degeneres e Ariana Grande em uma área residencial arborizada e bloqueada ao público.

Em dezembro do mesmo ano, o casal assinou um contrato de três anos com o Spotify para produção podcasts no valor de US$ 15 milhões a US$ 18 milhões (R$ 78 milhões a R$ 94 milhões), conforme fontes do setor, mas alguns relatórios indicam que o acordo pode chegar a US$ 25 milhões (R$ 130 milhões).

Livros

Somente nos EUA, “O que Sobra” vendeu 629.300 cópias impressas na primeira semana (ficando aquém do recorde de Obama, de 831.300 cópias), segundo números compilados pela NPD Bookscan, que monitora cerca de 85% do mercado doméstico de impressão.

A editora de “O que Sobra” nos EUA, a Penguin Random House, disse que Harry planejava apoiar instituições de caridade britânicas com doações dos lucros do livro, incluindo cerca de US$ 671 mil (R$ 3,48 milhões) para a organização sem fins lucrativos WellChild e US$ 1,5 milhão (R$ 7,79 milhões) já doados para a Sentebale, uma organização que ele fundou para ajudar crianças na África do Sul com risco de HIV.

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Meghan também se interessou pelo mercado editorial, embora suas obras tenham arrecadado muito menos: em 2021, ela lançou um livro infantil intitulado “The Bench”, que supostamente lhe rendeu um adiantamento de até US$ 618 mil (R$ 3,20 milhões). O livro de 167 palavras, que apresenta uma ilustração da então filha recém-nascida do casal, Lilibet Diana, chegou à lista dos mais vendidos do “The New York Times”, mas não se sabe quanto vendeu. Em 2018, Meghan também publicou um livro de receitas e doou todos os lucros para um grupo de culinária da comunidade de West London.

TV e Entretenimento

Até agora, como parte do contrato com a Netflix, Harry e Meghan lançaram duas séries de documentários: “Líderes que Inspiram”, que apresenta entrevistas com líderes mundiais e celebridades, incluindo Ruth Bader Ginsburg e Gloria Steinem; e “Harry & Meghan”, que quebrou recordes de audiência de documentários na Netflix após seu lançamento em dezembro, mas também recebeu ondas de críticas, com alguns chamando a série de “entediante e narcisista”.

Um programa infantil animado, chamado “Pearl”, foi anunciado, mas descartado em maio de 2022 antes do lançamento, mas “Heart of Invictus”, um documentário que segue um grupo de militares feridos se preparando para os Jogos Invictus, está programado para ser lançado ainda este ano. Enquanto isso, o primeiro podcast no Spotify do casal, “Archetypes”, ultrapassou brevemente “The Joe Rogan Experience” como o principal podcast do Spotify quando foi lançado em agosto.

Antes de deixar o cargo de membro sênior da realeza, Harry anunciou em 2019 que seria o produtor executivo de uma série de saúde mental para a Apple TV+ ao lado de Oprah Winfrey. Devido aos atrasos da pandemia, o programa só estreou em maio de 2021. No entanto, não se sabe se Harry teve algum lucro com a série, visto que os membros da família real não podem aceitar dinheiro de projetos comerciais.

Imóveis

Apesar do preço exorbitante de US$ 14,7 milhões (R$ 76,60 milhões), o valor da mansão do casal em Montecito parece uma pechincha em comparação com os US$ 25,3 milhões (R$ 131,35 milhões) que o ex-proprietário, o bilionário russo Sergey Grishin, pagou em 2009. Eles fizeram uma hipoteca de US$ 10 milhões para a casa, mas não está claro, com base em registros disponíveis, se o empréstimo foi pago. Conforme o escritório de assessores de Santa Bárbara, a propriedade de 4.420 metros quadrados fica em mais de cinco acres e vem com sete quartos e 13 banheiros.

Herança real

Após deixarem os cargos na realeza, Harry e Meghan dependeram amplamente da herança deixada pela mãe de Harry, a princesa Diana, estimada em US$ 10 milhões (R$ 51,90 milhões). Representantes disseram à Forbes em 2021 que Harry não era beneficiário de nenhum dos US$ 100 milhões (R$ 519,2 milhões) deixados para a família real por sua bisavó, a rainha-mãe. Não está claro se Harry recebeu algum dinheiro de sua avó, a falecida rainha Elizabeth 2ª, cujo testamento deve permanecer selado por pelo menos 90 anos.

Harry e Meghan não recebem mais dinheiro da família real. Eles anunciaram no início de 2020 que deixariam seus cargos na realeza e não receberiam mais dinheiro da família. Anteriormente, a grande maioria das despesas do casal, que a Forbes estimou em cerca de US$ 800 mil (R$ 4,15 milhões) anualmente, eram pagas pelo pai de Harry, o rei Charles 3º, através do Ducado da Cornualha, que no ano passado rendeu a Charles cerca de US$ 27 milhões (R$ 140,18 milhões). Depois que Charles se tornou rei, o título de príncipe de Gales e o ducado foram passados ​​para o irmão mais velho de Harry, o príncipe William.

Como novo monarca após a morte de Elizabeth 2ª no ano passado, Charles assumiu a propriedade de instituições que administram um número estimado de US$ 42 bilhões (R$ 218 bilhões) em ativos em nome do reino, incluindo marcos famosos como o Palácio de Buckingham, o Castelo de Windsor e a Torre de Londres. No entanto, muitos desses ativos não são dele, pois são mantidos “em custódia” e devem ser repassados ​​​​a seus sucessores.

Jornada individual de Harry e Meghan

Ao deixarem seus cargos, Harry e Meghan abandonaram seus títulos HRH – abreviação em inglês para “His and Her Royal Highness”, Sua Alteza Real – e voluntariamente reembolsaram mais de US$ 3 milhões (R$ 15,60 milhões) ao Fundo Soberano para reformas em Frogmore Cottage, a casa da família no Reino Unido, que já havia sido paga por contribuintes. Antes de se casar com Harry em 2018, a Forbes estimou que Meghan tinha acumulado cerca de US$ 2 milhões (R$ 10,4 milhões) em sua carreira como atriz, principalmente como estrela da série dramática “Suits” por sete temporadas.

Harry e Meghan são responsáveis ​​por cobrir os custos de seus próprios seguranças, que especialistas em segurança em 2021 disseram à Forbes que podem chegar a US$ 3 milhões (R$ 15,60 milhões) por ano. Um tribunal britânico decidiu em julho que Harry pode contestar a decisão de um comitê do governo britânico de considerar sua família inelegível para proteção policial durante visitas ao Reino Unido, mesmo que ele e Meghan paguem a conta.

O ex-chefe de contraterrorismo da Polícia Metropolitana, Neil Basu, revelou em novembro que Meghan era alvo de ameaças “nojentas e muito reais” da extrema-direita. “Se você tivesse visto as coisas que foram escritas e as estivesse recebendo… você se sentiria ameaçado o tempo todo”, disse Basu ao Canal 4.

Harry e Meghan fundaram sua fundação Archewell em 2020. Em outubro, a fundação anunciou que distribuiria US$ 1 milhão em doações para mulheres que “servem de inspiração para jovens” em parceria com o Projeto VING, financiado pelo grupo familiar bilionário Eric Lefkofsky.