As ações americanas com melhor desempenho de 2023

21 de fevereiro de 2023
REUTERS/Brendan McDermid

O S&P 500 subiu 6,7% no acumulado do ano, depois de cair 18% em 2022

Algumas das ações americanas com maior recuperação nas primeiras sete semanas do ano estavam entre as piores quedas do ano passado. Uma delas é a Tesla, empresa de veículos elétricos do bilionário Elon Musk.

A Tesla é a ação de melhor desempenho listada no S&P 500 até o momento, subindo 69%, seguida pelos papéis do streamer Warner Bros. Discovery, com valorização de 63%, pela companhia de biotecnologia Catalent (59%), pela empresa de ortodontia Align Technology (50%) e pela companhia de cruzeiros Royal Caribbean (48%), de acordo com dados do FactSet.

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Apesar de a lista abranger setores distintos, cada uma das empresas tem uma coisa em comum: elas estavam entre as ações de pior desempenho de 2022, cada uma perdendo 35% ou mais no ano passado.

Outros ganhadores notáveis deste ano são os serviços de streaming da Paramount (40%) e da Disney (21%), as gigantes da tecnologia Nvidia (46%) e Meta (44%) e outras ações de viagens de lazer como Norwegian Cruise Line (44%) e Caesars Entertainment (27%).

Os maiores perdedores do S&P também formam um grupo diverso, liderado pela empresa de telecomunicações Lumen Technologies (-25%) e seguido pela empresa de energia solar Enphase Energy (-23%). A provedora especializada em saúde Baxter International (-20%), a empresa de energia APA Corp (-18%) e a gigante farmacêutica e de saúde Pfizer (-15%) completam o top 5 dos ativos que mais perderam no ano.

O declínio da Pfizer, de longe a ação com pior desempenho em 2023 dentre as companhias com capitalização de mercado superior a US$ 100 bilhões, ocorre depois que a empresa disse que esperava que as vendas de sua vacina e tratamento oral contra Covid-19 caíssem 60% em 2023. A movimentação também trouxe uma onda negativa para gigantes como Johnson & Johnson e Eli Lilly caindo 9% e 10%, respectivamente, no acumulado do ano.

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O S&P 500 subiu 6,7% no acumulado do ano, depois de cair 18% em 2022, seu pior desempenho anual desde 2008. A queda acompanhou o aumento das taxas de juros do Federal Reserve de cerca de 0% para mais de 4%, em um esforço para desacelerar a inflação.

Além da Meta, outras ações de tecnologia de mega capitalização tiveram valorizações grandes neste ano, com Alphabet, Amazon, Apple e Microsoft, subindo 6% ou mais.

Além do mercado de ações, o bitcoin também mostrou valorização no início deste ano, com quase 50% de alta no acumulado do ano, para cerca de US$ 25 mil. O analista da Oanda, Craig Erlam, alertou que os investidores devem ficar atentos ao último rali da criptomoeda, explicando: “Todos nós já vimos o que acontece quando o entusiasmo e a euforia cercam o mercado de cripto”, referindo-se à dramática queda de 75% do bitcoin entre novembro de 2021 e novembro 2022.

Fortunas

Durante o período analisado, Elon Musk viu sua fortuna crescer US$ 61,3 bilhões com o avanço dos ativos da Tesla, aproximadamente o tamanho da riqueza total do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, estimada em US$ 61,2 bilhões.

Musk, que perdeu sua posição de a pessoa mais rica do mundo em dezembro, está a US$ 15 bilhões de recuperar o título das mãos do presidente da LVMH, Bernard Arnault.

Texto original publicado pela Forbes USA. Traduzido por Vitória Fernandes.