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No acumulado do ano, o Itaú lucrou R$ 30,8 bilhões, aumento de 14,5% em relação a 2021. Com isso, a rentabilidade patrimonial recorrente está em 20,3%. Os fatores que mais influenciaram os resultados foram os aumentos da margem financeira com clientes e das receitas de prestação de serviços, em especial nos cartões. Isso valeu tanto para a emissão de cartões quanto para as receitas de adquirência. “Antecipamos o atual ciclo de crédito, diversificamos nossos portfólios e calibramos nossa exposição”, disse Milton Maluhy Filho, CEO do banco.
Analistas
A avaliação dos resultados do banco foi, em geral, positiva. Segundo os analistas da Genial, se não fosse o evento Americanas, “o lucro seria de R$ 8,4 bilhões, com uma rentabilidade patrimonial de 21,0%, em linha com as nossas estimativas”. Para a corretora, “a melhor notícia é que, com o balanço limpo, a agenda volta ser de crescimento”.
Os analistas da Genial recomendam a compra dos papéis do Itaú “como nossa preferência de longo prazo entre os grandes bancos brasileiros”, devido a avanços no processo de digitalização, que vão levar a ganhos de eficiência. Para os analistas, as ações estão sendo negociadas em uma relação Preço/Lucro (P/L) de 6,64 vezes. Com um preço-alvo de R$ 32,00, o ganho potencial projetado é de 30%.
Segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos, a inadimplência consolidada encerrou o trimestre em 2,95% da carteira total, um aumento de 0,13 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2022. “Consideramos confortável a movimentação dos indicadores de atraso do banco, principalmente confrontando aos seus principais concorrentes e a deterioração geral dos indicadores de inadimplência vista nos relatórios de crédito do Banco Central”, escreveram eles.