O diretor financeiro, Thiago Costa, disse à Reuters que é hora de a Ambipar focar mais no crescimento orgânico, já que questões de financiamento também impõem limites em um cenário global de elevadas taxas de juros.
A Ambipar cresceu por meio de quase 50 aquisições após sua oferta pública inicial de ações (IPO) em meados de 2020, expandindo-se agressivamente em países como Estados Unidos e Canadá.
A Ambipar Response foi listada após negócio com a empresa de cheque em branco, ou Spac, HPX Corp, em transação que gerou receitas brutas de mais de US$ 174 milhões, segundo a companhia
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“O nosso crescimento orgânico continuará”, disse Costa. E acrescentou “o que hoje nos limita é ‘funding’, então esse emprego de capital será com cautela. Vamos seguir num ritmo acelerado, mais orgânico, menos inorgânico, mas com certeza com muita resiliência.”
A Response foi listada nos EUA com um “valuation” inicial de R$ 3,1 bilhões, que ultrapassou até o valor de mercado da própria Ambipar, de R$ 2,5 bilhões.
Costa disse esperar que isso prove que a Ambipar está sendo subavaliada no mercado. Ele espera que a diferença diminua com a listagem da Response, companhia na qual a Ambipar possui uma participação de aproximadamente 71%.
“Essa diferença de valor não faz sentido nenhum”, disse Costa. “O fato é que a Ambipar Participações no Brasil está descontado demais. É um fato concreto e a gente sempre soube disso… Não pode a Ambipar Participações valer menos que a Ambipar Response aqui nos EUA.”
A empresa havia anunciado em março de 2022 que recompraria até 4,59% de suas ações em circulação porque o preço dos papéis, na visão da companhia, não refletia o valor real de seus ativos e seus lucros potenciais.
“Hoje não é algo que a gente tem como prioridade, o uso do recurso vai ser para esse crescimento da Ambipar e não para recompra de ações”, disse Costa, observando que as operações nos EUA devem ser o motor do crescimento em um futuro próximo.