A Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, intensificou seu ritmo de recompra de ações, recomprando mais de US$ 1,8 bilhão de suas próprias ações este ano.
Em documento enviado na sexta-feira (17), a Berkshire disse que em 8 de março tinha o equivalente a 1.455.698 ações Classe A em circulação, uma queda de 4.035 em relação ao final do ano e 2.537 em relação a 13 de fevereiro, refletindo as recompras.
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As recompras da Berkshire também incluíram ações Classe B, que normalmente custam cerca de 1/1500 do valor das ações Classe A.
As ações da Classe A fecharam na sexta-feira a US$ 442,7, na mínima do ano, enquanto as ações da Classe B fecharam a US$ 293,51, perto da mínima.
As recompras da Berkshire seguem quase US$ 60 bilhões entre 2020 e 2022.
As operações sugerem que Buffett e Charlie Munger, que lidam com as principais decisões de alocação de capital, ainda veem as ações da Berkshire como subvalorizadas e as recompras são um uso prudente do caixa da empresa.
A Berkshire encerrou 2022 com US$ 128,6 bilhões em caixa e equivalentes.
O conglomerado com sede em Omaha, Nebraska, possui dezenas de empresas, incluindo a seguradora de automóveis Geico e a ferrovia BNSF, além de ações de companhias como a Apple Inc. e Bank of America Corp. Buffett possui 15,6% das ações da Berkshire.
Em sua carta anual aos acionistas de 25 de fevereiro, Buffett defendeu as recompras, chamando alguém que vê todas as recompras como prejudiciais de “um analfabeto econômico ou um demagogo eloquente”.
O comentário parecia criticar a Casa Branca e alguns democratas que preferem que as empresas usem o dinheiro disponível para reinvestir em seus negócios.
As recompras estão sujeitas a um imposto especial de consumo de 1%, que o presidente Joe Biden propôs quadruplicar.