Para João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a tokenização de ativos tem potencial para desempenhar um papel importante na agenda verde de empresas e do país, principalmente no que diz respeito à organização e segurança dos créditos de carbono.
Segundo ele, a CVM já trabalha em um parecer para a regulamentação dos criptoativos. “Precisa de uma regulamentação pouco invasiva para este mercado crescer e se desenvolver”, disse Nascimento em palestra no festival de criatividade e inovação Rio2C, que começou hoje (11) e vai até domingo (16).
Na mesa de debates “O Futuro é Verde e Digital”, da summit Crypto & Carbon e coordenada pela Forbes Brasil, o presidente da CVM disse que o lançamento do real digital em 2024 vai ajudar a impulsionar o setor. “A criptoeconomia vai prosperar muito nos próximos anos. O real digital vai redistribuir as cartas deste jogo”, disse o presidente da CVM.
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Dentro dessa agenda, Nascimento acredita que o país tem um papel importante a desempenhar no que diz respeito à agenda verde. A expectativa dele é que ativos ambientais do Brasil possam integrar as carteiras dos investidores nacionais e internacionais.
“Queremos que o mundo enxergue o Brasil, porque temos uma avenida de oportunidades. Queremos dar mais espaço para o mercado voluntário de carbono. Ampliar ao máximo esse mercado”, disse Nascimento.
O mercado de carbono atua na preservação de florestas e outros recursos naturais do país. Para o presidente da CVM, outros ativos também podem desempenhar esse papel. Ele cita NFTs especiais de animais nativos, como a Arara Azul, que destina os recursos captados para comunidades ribeirinhas.