Este bilionário criou um império de papéis para enrolar

30 de abril de 2023
Foto: Ethan Pines/ Forbes EUA

Papéis para enrolar: fundador da Republic Brands, Don Levin, tornou-se bilionário ao vender as marcas mais reconhecidas do mundo

O homem que mais vende papéis para enrolar no mundo é exatamente quem você pensa que é ou não. Sim, ele saiu com Hunter S. Thompson (jornalista e escritor), festejou na mansão Playboy, perdeu o carro enquanto estava chapado e teve seu armazém invadido pelos federais. Ele também fez lances no time de basquete Chicago Cubs com o bilionário Mark Cuban e produziu um punhado de filmes, incluindo o longa de terror de Stephen King de 1986, Maximum Overdrive. Embora ele seja dono de marcas icônicas conhecidas por maconheiros em todo o mundo – como EZ Wider, Zig-Zag, OCB e JOB – ele não fuma maconha de verdade. Nem mesmo sabe como enrolar um baseado.

“Eu era o cara que fumava um baseado e ficava no canto babando”, diz Don Levin, fundador de 72 anos da D.R.L. Enterprises, dona da Republic Brands. “Eu ficava em coma. Isso me matou; me sentia a pessoa estranha.” Felizmente para Levin, milhões de outros usuários de cannabis sabem como enrolar um. Além das marcas de papel de enrolar, Levin também é dono das fábricas que transformam cânhamo, madeira, bambu e arroz em papel, bem como da fábrica que transforma esse papel em livretos para venda – tudo o que o tornou um bilionário.

A Forbes estima que Levin, dono de 100% da Republic por meio da D.R.L. Enterprises, junto com sua esposa e filho, valem pelo menos US$ 1,7 bilhão (R$ 8,5 bilhões). E, apesar de ser um membro do clube de dez dígitos – ele possui duas casas (uma em Phoenix, a outra em Highland Park, Illinois), um jato particular e um time de hóquei no gelo de Chicago na liga de desenvolvimento da NHL –, Levin passou despercebido até agora.

A Republic produz mais de 1,2 bilhão de livretos de papel para enrolar por ano, o que Levin diz, enquanto faz algumas contas mentais rápidas, equivaler a 5,95 milhões de quilômetros de papel. Uma de suas marcas mais famosas, a EZ Wider, foi criada pelo ex-bilionário Bob Stiller – que construiu a Green Mountain Coffee e a Keurig – e Burton Rubin. Stiller lembra que quando vendeu a empresa para a Rizla, em 1981, por US$ 6,2 milhões (R$ 30,9 milhões), ela produzia papel suficiente para circunavegar a Terra nove vezes. As fábricas de Levin agora produzem papel de enrolar suficiente para embrulhar o planeta 150 vezes por ano.

“Somos o maior fabricante de papéis para enrolar do mundo”, diz Levin durante um dia de 38 graus em sua casa no bairro de Biltmore, em Phoenix, com seu visivelmente nervoso poodle mestiço chamado Claude a seus pés. “Somos toda a cadeia de suprimentos.”

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O papel tem sido um bom negócio com altas margens. Mas a indústria global de papel para enrolar é opaca e nebulosa; mesmo os analistas que cobrem as empresas de tabaco e cannabis não têm uma imagem clara de seu tamanho e escopo. Uma das razões pelas quais este é um mercado difícil de rastrear é que a maioria das fábricas é de propriedade privada em muitos países.

A Republic controla cerca de um terço do mercado norte-americano de papel para enrolar com as marcas E-Z Wider, OCB, JOB e Top. A Turning Point Brands, com sede em Kentucky, que licencia o direito de vender Zig-Zag nos EUA e no Canadá, e a HBI International, com sede no Arizona, que produz a marca de papel para enrolar Raw, também têm cerca de um terço de participação de mercado. O total de vendas no atacado na América do Norte é estimado em cerca de US$ 550 milhões (R$ 2,74 bilhões) por ano. As vendas globais são estimadas entre US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) e US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) anualmente.

Levin não discute finanças, mas a Forbes estima que a Republic gera US$ 230 milhões (R$ 1,14 bilhão) em fluxo de caixa com uma receita estimada de US$ 650 milhões (R$ 3,25 bilhões) – uma margem Ebitda de 35%. A diretora de receita da Republic – apropriadamente chamada de Rebecca Roll – resume por que a indústria de papel para enrolar é um negócio tão bom:

“Vendemos algo que as pessoas colocam no fogo”, diz Roll. “Você só pode queimá-lo uma vez.”

Caixa surpresa

Levin, que geralmente usa camisas de golfe (embora não jogue) e tênis, cresceu muito longe de onde está agora: bebendo uma boa taça de vinho branco em um restaurante premiado no centro de Scottsdale, a apenas alguns minutos de sua casa de US$ 4,5 milhões (R$ 22,5 milhões). Ele cresceu no bairro de Albany Park, em Chicago, na década de 1950, com um pai que era “o mais honesto” vendedor de carros usados. Quando Levin tinha 14 anos, a concessionária de seu pai teve problemas e a família teve que se mudar. “Perdemos tudo”, diz Levin. “Eu tenho sido rico. Eu tenho sido pobre. E é melhor ter dinheiro.”

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No final da década de 1960, após um período na reserva do Corpo de Fuzileiros Navais, Levin participou de um programa de treinamento da General Motors para se tornar um revendedor de automóveis. Ele não fez faculdade, mas sempre trabalhou e descobriu que era ótimo vendendo carros. Sua travessura favorita para fechar um negócio com alguém que achava o preço muito alto, diz ele, era chamar o chefe, que o demitiria na frente do cliente – a coisa toda era uma encenação – e geralmente funcionava.

Mas esse filho de um vendedor de carros usados tinha ambições maiores. No início dos anos 1970, um amigo de infância chamado Sheldon Miller contou a Levin sobre uma loja especializada em moda chamada Adams Apple no Rogers Park de Chicago que estava à venda. “Era uma butique, pensei, e vendia jeans boca de sino e música inglesa”, diz Levin. Eles compraram a loja, conhecida por seu letreiro psicodélico, e todo o seu estoque – exceto uma caixa de sapatos cheia de papéis para enrolar. “Eu nunca tinha visto papéis de cigarro antes e não os queria”, lembra Levin. Em três dias, ele percebeu que a maioria de seus clientes os procurava por causa daqueles papéis. “Liguei para o dono anterior e comprei a caixa”, diz Levin. “Percebi que havíamos comprado uma tabacaria.”

Para reabastecer seu estoque de papel para enrolar, Levin teve que enviar dinheiro para um distribuidor em Nova York e alguns meses depois eles receberiam uma nova remessa de papel fabricado na Espanha. Ele descobriu que o distribuidor estava coletando dinheiro de diferentes varejistas, fazendo um pedido e vendendo com uma grande margem de lucro. “Achei que também poderia fazer isso, então pulei em um avião”, diz ele. “O problema era que eu tinha que comprar muito, muito mais do que poderia vender em uma loja de 800 metros quadrados.” Miller e Levin acabaram se separando em 1971 e Levin partiu sozinho – a Adams Apple Distributing Co. foi formada. Ele logo estava fazendo grandes encomendas de papéis para enrolar e depois viajando pelo meio-oeste vendendo para tabacarias.

Certa vez, durante uma viagem de trem da Espanha para a Holanda, com escala em Paris, Levin resolveu passar no escritório da Zig-Zag. Seu plano era convencê-los a romper seu relacionamento exclusivo com a U.S. Tobacco. Mas acidentalmente desceu do elevador no andar errado e se viu conversando com o gerente de exportação da JOB, marca criada em 1838 por Jean Bardou, que inventou o livreto de papel para enrolar. Antes de sair, o gerente disse a Levin que eles tinham 5.000 caixas de papel de enrolar com sabor de banana e morango e, se ele concordasse em comprá-los, a JOB ficaria feliz em fazer de Levin seu distribuidor exclusivo nos Estados Unidos. Ele aceitou o acordo e a JOB se tornou a primeira marca exclusiva da Adams Apple.

Logo os clientes de Levin começaram a pedir outras parafernálias de maconha, como clipes e cachimbos. “Não sei o que é um bong, mas podemos conseguir”, ele lembra de dizer aos clientes. Ele começou a publicar um catálogo e anunciar no High Times e seu negócio cresceu durante a década de 1970.

“Nós nos tornamos uma loja de parafernálias”, diz Levin sobre seus primeiros dias no negócio. “Foi muito divertido.”

No final dos anos 1970, Levin estava arrecadando US$ 10 milhões (R$ 50 milhões) em receita anual (o equivalente a cerca de R$ 250 milhões hoje), segundo uma reportagem do The New York Times de 1978. Naquela época, o governo federal havia começado a aplicar leis para restringir produtos de maconha, que visavam bongs e cachimbos de maconha, mas não papel de enrolar, e Levin viu seus amigos e colegas do setor passarem para o lado errado da lei. “Uma pessoa que eu conhecia pegou 104 meses de prisão”, diz ele. “Eu disse: ‘Ok, estou fora.’ E paramos de vender tudo, exceto os papéis para enrolar.” Ele se livrou de todo o seu estoque e, algumas semanas depois, seu depósito em Chicago foi invadido pelo Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo e pela polícia de Illinois, mas não encontraram nada além de papéis para enrolar.

Na década de 1980, Vincent Bolloré, jovem herdeiro de uma fortuna na fabricação de papel e dono das marcas Odet-Cascadec-Bolloré, mais conhecidas como OCB, comprou a Zig-Zag e a JOB. Mais tarde, sob o comando de um novo gerente de fábrica, os trabalhadores planejaram uma greve, então Levin foi para a França, disse a Bolloré como estava bagunçando o negócio e instou o novo dono a vender a empresa para ele. Os dois acabaram se dando bem, mas o francês explicou que o “B” de OCB significava Bolloré – sua família havia fundado a empresa em 1822 e ele jamais venderia. “Mas, se eu fizer um dia”, disse Bolloré, “vendo para você”.

Durante a era Just Say No (campanha publicitária dos anos 1980 e início dos 1990 nos EUA contra as drogas), Levin decidiu que era melhor mudar o nome de sua empresa para remover qualquer vestígio de suas raízes da contracultura. Depois de ver uma placa em um aeroporto anunciando que a Southern Airways estava mudando seu nome para Republic Airlines, ele teve uma epifania. “Existe a U.S. Tobacco”, ele se lembra de ter pensado, “existe a National Tobacco, mas não existe a Republic Tobacco. Parecia uma empresa antiga e séria.”

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Imprimindo dinheiro

Em 2000, Bolloré, que se tornaria bilionário alguns anos depois, decidiu mudar sua empresa do papel para o plástico, e estava pronto para vender a OCB para Levin. “Achei que Don era o melhor para assumir e ele provou isso”, diz Bolloré, de 71 anos. Levin também comprou suas fábricas de papel, Papeteries du Léman e Papeteries des Vosges.

Em vez de comprar no atacado, Levin agora controlava a fabricação de papel, a produção de livretos e a distribuição. “Se não fosse por Bolloré, eu estaria vendendo lápis”, diz Levin. “Eu comprei o que Bolloré fez. Não é que eu seja inteligente, sou apenas inteligente o suficiente para continuar.

Com as marcas de Bolloré agora fazendo parte do império de Levin, a Republic continuou a crescer e ele executou uma estratégia de consolidação com outras grandes marcas de papel. Ele havia comprado o Top, que era popular nas cadeias e prisões, de R.J. Reynolds anos antes. E em 2018, comprou a Bali Shag, marca de tabaco de folhas soltas, e o icônico E-Z Wider, da Imperial. Os termos do acordo não foram anunciados na época.

Larry Posner, que havia trabalhado para Stiller na EZ Wider e depois foi trabalhar para “Donnie” na Republic, como vice-presidente de vendas, diz que seu antigo chefe é de uma época diferente. Na cabeça de Posner, a Republic não estava no negócio de papel de enrolar, nem nas indústrias de tabaco ou cannabis.

“Não estávamos imprimindo em papel”, diz Posner. “Estávamos imprimindo dinheiro.”

Apesar de não ser um fumante de maconha, Levin entende seus clientes. “O que você está tentando vender, se estiver fazendo um bom papel de enrolar, não é um gosto”, diz ele. “O que estamos tentando fazer é algo que seja o menos perceptível possível.”

E se você está vendendo um produto sem sabor, o marketing é tudo. Litígios de marcas registradas são uma parte essencial da estratégia da Republic. Não há muito que eles possam fazer sobre os milhões de dólares desviados do mercado por falsificadores na China, mas os piratas dos EUA devem ficar atentos. Em março de 2022, a Republic ganhou um julgamento de US$ 11 milhões (R$ 55 milhões) após o júri ficar contra um atacadista da Geórgia que estava vendendo produtos Top e JOB falsificados. A Republic gasta “milhões por ano” em processos semelhantes, diz Levin.

Embora tenha relações de trabalho com muitos de seus concorrentes, a maioria deles considera Levin “agressivo” e disposto a lutar. A Republic processou outras empresas do mercado por disputas contratuais, de marca registrada e de pagamento, incluindo a célebre marca Bambú. Só nos últimos quatro anos, sua empresa entrou com quase 150 ações judiciais.

Talvez a rivalidade mais longa de Levin seja com Josh Kesselman, cujo HBI International criou a mega-popular marca Raw. Os dois processam as empresas um do outro há quase uma década e sua rivalidade remonta a 20 anos. Levin não quis comentar sobre nenhum litígio em andamento, mas falando amplamente, ele diz que a indústria de papel para enrolar é composta de “carpetbaggers” (termo que remete a oportunistas, em português) e “vendedores de óleo de cobra” (remete a charlatões, que vendem produtos ineficientes).

Levin também minimiza seu próprio sucesso no último meio século. “Eu certamente não sou o rei dos papéis para enrolar”, diz ele. “Isso deu muito trabalho para muitas pessoas e, para mim, receber o crédito seria errado e um insulto.”

Mas depois de várias décadas no comando do que agora é um império de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,5 bilhões), Levin está pensando em seu sucessor e em seu legado na indústria. Seu filho, Robert, um advogado tributário de trinta e poucos anos, provavelmente não vai assumir. “Ele não é empreendedor”, diz Levin. Ele acrescenta que não venderá para uma firma de private equity porque ela destruiria a maioria de seus funcionários para aumentar os lucros. “Vou morrer e ter esta empresa administrada por uma administração externa antes de vendê-la para alguém que tente racionalizá-la”, diz ele.

Uma coisa que Levin não tenta racionalizar é o passeio selvagem que a indústria de papel de enrolar lhe deu. “Onde estou hoje não é onde eu esperava estar”, diz ele. “Achei que venderia carros na Western Avenue, em Chicago.”

Veja quem são os 25 maiores bilionários do mundo

(O patrimônio líquido é de 10 de março de 2023)

1. Bernard Arnault e família Patrimônio líquido: US$ 211 bilhões Fonte da Riqueza: LVMH Idade: 74 Cidadania: França O magnata francês dos artigos de luxo lidera a lista dos bilionários do mundo pela primeira vez depois de um ano marcante na LVMH, proprietária da Louis Vuitton, Christian Dior e Tiffany & Co., entre outras. Receita, lucro e ações da LVMH atingiram recordes, ajudando a adicionar US$ 53 bilhões à fortuna de Arnault nos últimos 12 meses, o maior ganho de qualquer bilionário. Mais rico do que nunca, Arnault agora planeja a sucessão: em julho, ele propôs uma reorganização de sua holding, Agache, que detém a maior parte de suas ações da LVMH, para dar participações iguais a seus cinco filhos.more
2. Elon Musk Patrimônio líquido: US$ 180 bilhões Fonte de Riqueza: Tesla, SpaceX Idade: 51 Cidadania: EUA Musk twittou para si mesmo fora do primeiro lugar nas classificações, com as ações da Tesla caindo quase 50% desde que ele anunciou sua aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões em abril passado, superando em muito a queda de 18% da Nasdaq. Os investidores lamentaram os US$ 23 bilhões em ações da Tesla que ele vendeu para financiar a aquisição. A SpaceX, enquanto isso, continua subindo, com a empresa avaliada em quase US$ 140 bilhões em uma oferta pública fechada no início de 2023 – acima dos US$ 127 bilhões em que os investidores a avaliaram em maio passado. Ainda assim, Musk vale US$ 39 bilhões a menos do que há um ano.more
3. Jeff Bezos Patrimônio líquido: US$ 114 bilhões Fonte da Riqueza: Amazon Idade: 59 Cidadania: EUA Desde que deixou o cargo de CEO da Amazon em 2021, Bezos voou para o espaço por meio de sua empresa Blue Origin, fez ondas com um superiate quase completo de US$ 500 milhões e intensificou sua filantropia por meio do apoio a grupos como pré-escolas gratuitas da Bezos Academy e doações de seu Bezos Fundo da Terra. Porém, sua fortuna não está indo tão bem: ele está US$ 57 bilhões menos rico do que há um ano – a maior perda de qualquer bilionário – graças a uma queda de 38% nas ações da Amazon.more
3. Larry Ellison Patrimônio líquido: US$ 141 Bilhões | Variação em relação a 2023: +US$ 34 Bilhões | Fonte da riqueza: Oracle Uma década após deixar o cargo de CEO da Oracle, Ellison ainda é presidente, diretor de tecnologia e o maior acionista, com 40% da empresa. As ações da Oracle subiram 34%, e ela distribuiu mais de US$ 1 bilhão (antes dos impostos) em dividendos para Ellison nos últimos 12 meses, ajudando a torná-lo US$ 34 bilhões mais rico. Seus outros empreendimentos não estão indo tão bem: Sua participação na X vale menos de um terço dos US$ 1 bilhão que ele pagou por ela, e o Projeto Ronin, uma startup de software de câncer que ele cofundou em 2018, está sendo encerrado.more
5. Warren Buffet Patrimônio líquido: US$ 106 bilhões Fonte da Riqueza: Berkshire Hathaway Idade: 92 Cidadania: EUA Buffett passou os últimos três anos em uma farra de gastos, injetando cerca de US$ 90 bilhões do caixa da Berkshire Hathaway em ativos, recompras de ações e a aquisição de US$ 11,5 bilhões da seguradora Alleghany Corp., encerrada em outubro. No final de março, o Oráculo de Omaha, um veterano em crises de mercado, supostamente aconselhou o governo Biden sobre corridas bancárias e discutiu possíveis investimentos em bancos regionais. more
6. Bill Gates Patrimônio líquido: US$ 104 bilhões Fonte da Riqueza: Microsoft Idade: 67 Cidadania: EUA Gates deixou o conselho da Microsoft em 2020, mas ainda passa 10% de seu tempo trabalhando com equipes da empresa de software – incluindo as da OpenAI, apoiada pela Microsoft. “Isso é tão importante quanto o PC, como a internet”, disse Gates à Forbes em fevereiro, referindo-se a ferramentas de inteligência artificial generativas como o ChatGPT da OpenAI. Enquanto isso, ele e sua ex-esposa, Melinda French Gates, estão aumentando os gastos da Fundação Gates, que eles co-presidentem e planejam encerrar em 25 anos.more
7. Michael Bloomberg Patrimônio líquido: US$ 94,5 bilhões Fonte da Riqueza: Bloomberg LP Idade: 81 Cidadania: EUA Apesar de ter doado outros US$ 1,7 bilhão para caridade no ano passado, a fortuna do cofundador da Bloomberg LP aumentou, já que a receita estimada em seu terminal financeiro e negócios de mídia atingiu US$ 13,3 bilhões em 2022, acima dos US$ 12,5 bilhões em 2021. Bloomberg, um apoiador de longa data de Israel, entrou na política israelense em um artigo de opinião do New York Times em março, criticando os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de enfraquecer o judiciário do país.more
10. Carlos Slim Helu e família Patrimônio líquido: US$ 101,8 bilhões Fonte da Riqueza: Telecom Idade: 83 Cidadania: México
9. Mukesh Ambani Patrimônio líquido: US$ 83,4 bilhões Fonte de Riqueza: Diversificada Idade: 65 Cidadania: Índia Ambani recuperou seu lugar como a pessoa mais rica da Ásia quando Gautam Adani (nº 24) caiu. No ano passado, a gigante de petróleo de Ambani, Reliance Industries, tornou-se a primeira empresa indiana a ultrapassar US$ 100 bilhões em receita. Ele evitou as especulações sobre a sucessão dando a seus filhos papéis importantes no ano passado: o filho mais velho, Akash, é presidente do braço de telecomunicações Jio Infocomm; a filha Isha é chefe do negócio de varejo; e o filho Anant trabalha nos novos empreendimentos de energia da Reliance. more
10. Steve Ballmer Patrimônio líquido: US$ 117,1 bilhões Fonte da Riqueza: Microsoft Idade: 68 Cidadania: EUA Ballmer foi colega de Bill Gates em Harvard. Em 1980, deixou o MBA da universidade Stanford para juntar-se à Microsoft, onde foi o funcionário de número 30. Foi CEO da empresa entre 2000 e 2014. Quando de aposentou da Microsoft, Ballmer comprou o time de basquete Los Angeles Clippers por US$ 2 bilhões, um recorde para times da NBA. Atualmente, a Forbes avalia o Clippers em US$ 4,65 bilhões. Ballmer moverá sua equipe para um novo estádio neste trimestre. Financiado privadamente, o Intuit Dome, de US$ 2 bilhões, fica perto do aeroporto de Los Angeles. Assim como ocorreu com Bill Gates, a fortuna de Ballmer recuou no mês passado devido a uma queda nas ações da Microsoft. Ele e sua esposa Connie estão entre os 25 filantropos mais generosos dos Estado Unidos. more
11. Françoise Bettencourt Meyers e família Patrimônio líquido: US$ 80,5 bilhões Fonte da Riqueza: L'Oréal Idade: 69 Cidadania: França A herdeira da L'Oréal manteve seu título de mulher mais rica do mundo pelo terceiro ano consecutivo, graças a um aumento de 12% nas ações da gigante de cosméticos nos últimos 12 meses. Além de prometer US$ 230 milhões para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, ela contratou um diretor-gerente para sua empresa de investimentos, a Téthys Invest, que usa para apoiar projetos, incluindo a operadora francesa de hospitais privados Elsan. more
12. Larry Page Patrimônio líquido: US$ 79,2 bilhões Fonte da Riqueza: Google Idade: 50 Cidadania: EUA Três anos após o cofundador do Google se afastar das operações diárias, Page e o cofundador Sergey Brin participaram de reuniões de estratégia no final de 2022 em meio à corrida de inteligência artificial estimulada pelo ChatGPT. Page também parou de vender suas ações, mas só depois de descarregar mais de US$ 2,5 bilhões entre maio de 2021 e abril de 2022. Ele não vendeu nenhuma ação desde então. more
13. Amâncio Ortega Patrimônio líquido: US$ 77,3 bilhões Fonte da Riqueza: Zara Idade: 87 Cidadania: Espanha Seu império de varejo de moda Inditex - mais conhecido pela rede Zara - está em alta. Suas ações subiram 39% nos últimos 12 meses, impulsionadas por fortes vendas. A receita no ano até 31 de janeiro de 2023 aumentou 18%, para quase US$ 35 bilhões. Isso aumentou a fortuna de Ortega em quase US$ 18 bilhões desde o ano passado. Sua filha Marta Ortega foi nomeada presidente da Inditex em abril de 2022. more
14. Sergey Brin Patrimônio líquido: US$ 76 bilhões Fonte da Riqueza: Google Idade: 49 Cidadania: EUA Como seu par Larry Page, Brin interrompeu o que os dois homens chamavam de “irritação diária” no Google em 2019. Mas Brin voltou? Uma solicitação de código registrada em janeiro parece ser a primeira em anos, e ele teria submetido alterações de código ao chatbot de IA do Google. Brin vendeu mais de US$ 2,5 bilhões em ações da Alphabet entre maio de 2021 e abril de 2022, mas desde então só doou ações. Ele doou um total de US$ 1,1 bilhão para pesquisas sobre a doença de Parkinson. more
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16. Mark Zuckerberg Patrimônio líquido: US$ 64,4 bilhões Fonte da Riqueza: Meta Platforms Idade: 38 Cidadania: EUA Ao contrário de muitos grandes fundadores de tecnologia, Zuckerberg permanece no comando da Meta como CEO. Não tem sido fácil, especialmente em meio à concorrência de IA e demissões em tecnologia, incluindo 21 mil cortes de empregos desde novembro. Enquanto isso, a instituição de caridade Chan Zuckerberg Initiative, que visa criar ferramentas para ajudar na cura ou controle de doenças, anunciou um novo hub em março. more
17. Charles Koch Patrimônio líquido: US$ 59 bilhões Fonte da Riqueza: Indústrias Koch Idade: 87 e 60 Cidadania: EUA O conglomerado Koch Industries anunciou uma reestruturação de certas subsidiárias em março de 2022. Recentemente, Charles Koch anunciou que seu diretor de operações se juntará a ele como co-CEO após 55 anos trabalhando sozinho no papel.more
18. Júlia Koch e família Patrimônio líquido: US$ 59 bilhões Fonte da Riqueza: Indústrias Koch Idade: 60 Cidadania: EUA O conglomerado Koch Industries anunciou uma reestruturação de certas subsidiárias em março de 2022. Recentemente, Charles Koch anunciou que seu diretor de operações se juntará a ele como co-CEO após 55 anos trabalhando sozinho no papel. Julia Koch, viúva do irmão de Charles, David (falecido em 2019), foi eleita administradora do Metropolitan Museum of Art de Nova York em janeiro. more
19. Jim Walton Patrimônio líquido: US$ 58,8 bilhões Fonte da Riqueza: Walmart Idade: 74 Cidadania: EUA
20. Rob Walton Patrimônio líquido: US$ 57,6 bilhões Fonte da Riqueza: Walmart Idade: 78 Cidadania: EUA Depois de décadas segurando quase religiosamente as ações da varejista familiar, os filhos do cofundador do Walmart, Sam Walton, estão entre seus maiores vendedores, descarregando mais US$ 1,8 bilhão em ações nos últimos 12 meses. Uma parte dos lucros provavelmente ajudou a financiar a compra recorde de US$ 4,7 bilhões do Denver Broncos por Rob Walton em agosto passado. Esse investimento começou devagar, com o time perdendo inesperadamente os playoffs da NFL. more
21. Alice Walton Patrimônio líquido: US$ 56,7 bilhões Fonte da Riqueza: Walmart Idade: 73 Cidadania: EUA
22. David Thomson e família Patrimônio líquido: US$ 54,4 bilhões Fonte da Riqueza: Mídia Idade: 65 Cidadania: Canadá A pessoa mais rica do Canadá acrescentou outros US$ 5,2 bilhões à sua fortuna em 2022, quando sua participação de 68% no conglomerado Thomson Reuters saltou 17%. A empresa com sede em Toronto, presidida por Thomson, vem complementando seus principais negócios de notícias e informações com investimentos em IA como a SurePrep, uma empresa de software tributário automatizada que adquiriu em janeiro por US$ 500 milhões. more
23. Michael Dell Patrimônio líquido: US$ 50,1 bilhões Fonte da Riqueza: Dell Technologies Idade: 58 Cidadania: EUA O presidente e CEO da Dell está US$ 5 bilhões menos rico este ano, após uma queda de 27% no preço das ações da Dell Technologies. Seu family office, no entanto, tornou-se uma grande empresa de investimentos e consultoria. A MSD Partners, que administra mais de US$ 12 bilhões, fundiu-se com a BDT & Co., do também bilionário Byron Trott, em outubro. more
24. Gautam Adani Patrimônio líquido: US$ 47,2 bilhões Fonte de Riqueza: Infraestrutura, commodities Idade: 60 Cidadania: Índia Adani era a terceira pessoa mais rica do mundo em 24 de janeiro, quando valia quase US$ 126 bilhões. Um relatório emitido pelo vendedor a descoberto Hindenburg Research naquele dia, no entanto, fez com que as ações de suas empresas despencassem. more
25. Phil Knight e família Patrimônio líquido: US$ 45,1 bilhões Fonte da Riqueza: Nike Idade: 85 Cidadania: EUA Knight, que fundou a Nike em 1964 com apenas US$ 500, ainda está colhendo grandes dividendos – US$ 400 milhões no ano passado – graças a uma participação de 25% na empresa de calçados e vestuário. Dificuldades na cadeia de suprimentos e restrições da Covid na China derrubaram as ações da Nike em 3%. more

(Traduzido por Monique Lima)