Nos últimos três anos, temos falado constante e consistentemente sobre a transformação digital acelerada que está ocorrendo na sociedade e nas empresas. Estamos em um momento em que essa narrativa se tornou realidade e, além disso, as tecnologias de transformação como a inteligência artificial, as inovações em segurança cibernética e a automação, passaram a fazer parte das operações diárias das organizações.
A IDC estimou que aproximadamente 40% do PIB da região estaria digitalizado até 2022. Nesse cenário, pode ser um desafio para os líderes avançar e integrar cada uma dessas inovações e ferramentas em suas operações. De certa forma, o desafio deixou de ser a simples adoção da transformação digital para a gestão desse processo nas empresas. Felizmente, há uma tecnologia específica que pode ajudar os líderes nesse processo.
Nuvem híbrida: um portal para a inovação
A nuvem oferece uma maneira de as organizações acessarem recursos, aplicativos e ferramentas para seus dados e cargas de trabalho. Porém, com uma estratégia de nuvem híbrida, ou seja, que envolve infraestrutura física local, nuvem privada e/ou pública, as empresas se beneficiam por terem ambientes computacionais unificados, porém flexíveis para seus negócios.
Além disso, a nuvem é o portal para outras tecnologias importantes, como inteligência artificial (IA). Na verdade, com o uso de modelos fundacionais e IA generativa para dimensionar a IA nas organizações, a nuvem híbrida desempenha um papel essencial no suporte a cargas de trabalho intensivas.
Quando descrevemos essas tecnologias pode parecer que falamos em termos altamente técnicos e que não se aplicam às necessidades diárias de uma empresa. Por isso, é importante dizer que uma estratégia de nuvem híbrida não se trata apenas de uma modernização sem propósito, mas é o primeiro passo para se aproximar das tecnologias mais transformadoras do nosso tempo e aplicá-las de forma eficaz às operações.
É por isso que podemos observar uma tendência de empresas da região que continuam a investir em suas estratégias de nuvem: o mercado de serviços gerenciados em nuvem alcançou bilhões de dólares em 2021 e deve continuar crescendo a uma taxa anual de 18% até 2026.
Na Colômbia, por exemplo, a State Insurance, uma empresa de seguros com mais de 65 anos de mercado, migrou recentemente todas as suas cargas de trabalho de missão crítica para a nuvem, confiando na tecnologia para aumentar a segurança e a flexibilidade, além de centralizar suas informações para tornar as operações mais ágeis e rápidas.
Poderia citar alguns exemplos de empresas que implementaram uma estratégia em nuvem para todos os países da região, onde, atualmente, os serviços de nuvem híbrida representam 8,5% do mercado para esta tecnologia. Em alguns países, como o Brasil, a adoção de nuvem é de 62%, um dos níveis mais altos globalmente. No México, 92% das empresas com estratégia em nuvem já a implementam de forma híbrida.
Esses números mostram que houve progresso nesta área e que esse modelo de nuvem tem o potencial de impulsionar a América Latina para se tornar híbrida e se aproximar do ponto de virada da transformação digital.
Por Tonny Martins, gerente-geral e líder de Technology da IBM América Latina
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