Pré-Mercado: em Ata "didática", o Copom defende juro alto

27 de junho de 2023

Bom dia! Estamos na terça-feira, 27 de junho

Cenários

O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou, na manhã desta terça-feira (27) a Ata da 255ª reunião, realizada nos dias 20 e 21 de junho.

A manutenção da taxa referencial Selic em 13,75% ao ano era esperada. No entanto, o Comunicado divulgado imediatamente após a reunião surpreendeu negativamente o mercado, por não trazer nenhuma indicação de quando os juros podem começar a cair.

Perspectivas

A Ata trouxe várias indicações do porquê de o Copom ter publicado um texto duro na semana passada. Segundo a avaliação da Ata, o processo de desinflação ainda segue lento e a baixa recente dos índices deve-se muito mais ao impacto da isenção fiscal sobre os combustíveis do que a uma trajetória de desaceleração de preços. Além disso, segundo o Copom, o mercado de trabalho segue resiliente, com salários relativamente estáveis.

Para além disso, o Comitê avaliou que as incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas e o próprio questionamento das metas de inflação tornam seu trabalho mais difícil, obrigando à manutenção dos juros elevados por mais tempo.

Em uma mudança na comparação com Atas anteriores, o texto desta terça-feira trouxe uma divergência entre os membros do Comitê. Alguns avaliam que a desinflação já começou, outros pensam que ainda é preciso esperar para ver. No entanto, nenhum dos participantes do Comitê tem dúvidas de que ainda não é hora de começar a baixar os juros.

A divulgação do IPCA-15, marcada para esta manhã, deverá trazer mais informações sobre a trajetória futura dos juros.

Indicadores

  • Brasil

Ata do Copom

IPCA-15 (jun)
Esperado: -0,01%
Anterior: +0,51%

IPCA-15 (12M)
Esperado: 3,36%
Anterior: 4,07%

  • Zona do Euro

Discurso de Christine Lagarde (BCE)

  • Estados Unidos

Encomendas de bens duráveis (mai)
Esperado: -0,1%
Anterior: -0,2%

Confiança do consumidor (jun)
Esperado: 104,0
Anterior: 102,3