Segundo o diretor financeiro da Cyrela, Miguel Mickelberg, e o copresidente da empresa, Rafael Horn, a Cyrela deve encerrar o ano com um consumo de caixa menor do que o previsto.
Apesar do início do ciclo de queda de juros no Brasil, os executivos disseram não esperar uma melhora no desempenho das vendas nem a adoção de uma dinâmica de preços maiores pela companhia.
“O mercado (em geral) vai estar mais animado, mas em termos macroeconômicos não estamos contando com nenhuma melhora. Acho que para preço começar a subir … Você precisa ter alguns anos de ‘macro’ bons, para ter um efeito de preço que justifique ser acima da inflação, então a gente não vê preço subindo (agora).”
Os executivos destacaram ainda que a empresa não planeja expandir volume de lançamentos este ano. “Com relação à possibilidade de acelerar lançamentos ainda esse ano, isso nós não temos possibilidade”, disse Mickelberg.
Já a distribuição de lançamentos da empresa por produto para 2024 deve ser semelhante à atual, segundo os executivos, mas com possibilidade de algum aumento no segmento econômico.
A distribuição dos lançamentos por segmento da empresa atualmente concentra-se em 51% alto padrão, 31% médio padrão, 11% Minha Casa Minha Vida e 7% Vivaz Prime, segmento de baixa e média rendas da Cyrela, segundo balanço do segundo trimestre.
A Cyrela reportou lucro líquido de R$ 279 milhões no segundo trimestre, um aumento de 85% ano a ano. Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 222,5 milhões, de acordo com dados da Refinitiv.
A receita líquida da companhia somou R$ 1,63 bilhão nos meses de abril a junho, contra estimativa média de analistas de R$ 1,55 bilhão, também segundo Refinitiv.