Atendendo às expectativas de parte dos mercados de que adotaria tom ainda agressivo, Powell disse nesta sexta-feira (25) que o Federal Reserve pode precisar aumentar ainda mais a taxa de juros para garantir que a inflação seja contida nos Estados Unidos, em comentários que contrabalançaram a redução no ritmo de aumento dos preços no último ano com o surpreendente desempenho da economia dos EUA.
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Na B3, às 11:52 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,17%, a R$ 4,8975.
Custos de empréstimos mais elevados nos EUA tendem a impulsionar os rendimentos dos Treasuries e, consequentemente, manter o dólar em patamares fortes a nível global, conforme investidores migram seus investimentos em renda fixa para a maior economia do mundo.
Mais cedo, no Brasil dados mostraram que o IPCA-15 subiu mais do que o esperado em agosto, sob pressão dos custos da energia elétrica, com a taxa em 12 meses voltando a superar os 4%, o que impulsionou as taxas dos principais contratos futuros de juros nesta manhã.
“Esse cenário não contribui para o Copom acelerar o ritmo de corte de juros”, destacou o PicPay sobre o IPCA-15 em nota assinada pelo economista-chefe Marco Caruso e pelo economista Igor Cadilhac.
O nível atual dos juros, de 13,25%, continua sendo apontado como um apoio para o real ao torná-lo mais atraente para estratégias de “carry trade”, que buscam lucrar com diferenciais de custos de empréstimo entre economias. Muitos participantes do mercado argumentam que, mesmo após o início do afrouxamento da política monetária do BC no início deste mês, a Selic segue em nível restritivo, dando suporte à moeda brasileira.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8795 na venda, com alta de 0,47%.