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Foi a primeira vez desde que o UBS começou a realizar o Relatório de Ambições Bilionárias, em 2014, que o resultado das heranças supera o empreendedorismo na formação de patrimônio. No entanto, segundo o banco, não será a última.
Segundo o UBS, a expectativa é que mil bilionários idosos transfiram suas fortunas para seus herdeiros nos próximos 20 a 30 anos, um valor estimado em US$ 5,2 trilhões. O Relatório foi realizado por meio de entrevistas com 79 clientes bilionários. E, para 58% dos entrevistados, a preparação dos herdeiros é “um de seus maiores desafios”.
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“O principal problema com a geração mais jovem que é preciso educá-la para ser ambiciosa”, declarou um bilionário entrevistado. “Eles consideram as conquistas e a situação das empresas como algo garantido, ao passo que a geração fundadora tem de fazer o trabalho.”
A pesquisa também concluiu que os herdeiros são menos propensos à caridade. Cerca de 68% dos bilionários de primeira geração afirmaram que a filantropia era uma parte importante do seu legado. Ne geração herdeira, esse percentual caiu para 32%.
Baby Boomers
O UBS informou que a transferência de riqueza ganhou impulso. Um relatório recente do Bank of America diz que a maior parte da riqueza em dinheiro ainda está nas mãos da geração “Baby Boomer”, os nascidos entre 1945 e 1964. O património líquido médio está em US$ 970 mil e US$ 1,2 milhão. No entanto, segundo o relatório, “a transferência de riqueza para os millennials, nascidos entre 1985 e 1999, já começou”. Espera-se que os boomers transfiram US$ 72,6 trilhões aos herdeiros até 2045, afirma a consultoria financeira Cerulli and Associates.
Como o nome sugere, esta geração, nascida entre 1945 e 1964, representou um crescimento repentino da população após a Segunda Guerra Mundial. Após décadas de prosperidade e crescimento económico, esta geração acumulou uma riqueza financeira significativa e controla cerca de 70% dos investimentos disponíveis. Isso não inclui apenas os bilionários, mas também as aplicações previdenciárias da classe média nos Estados Unidos e na Europa.
Educação financeira
Uma questão frequente é se gerações herdeiras estão preparadas e são financeiramente educadas para lidar com o que vão receber. De acordo com um estudo de 2018 do TIAA Institute, apenas 11% dos millenials apresentavam um nível “relativamente elevado” de letramento financeiro, com outros 28% do grupo apresentando um nível “muito baixo”.
Os membros da Geração X não se saem muito melhor, com estimativas da indústria mostrando dificuldades com gastos e hábitos de poupança.
Grande parte desta riqueza será gasta em férias, atividades de lazer, despesas diárias, contas médicas e serviços de saúde. Um estudo conduzido pela Gransnet.com descreveu que aproximadamente 19% dos Baby Boomers planejam não deixar nenhuma herança para seus filhos.