A dor de passar horas analisando papelada, planilhas e outras ferramentas de gestão de pagamentos foi sentida pelos fundadores da Kamino, o espanhol Gonzalo Parejo, os brasileiros Rodrigo Perenha e Guto Fragoso e o norte-americano Benjamin Gleason, um dos fundadores do GuiaBolso. Hoje, o quarteto atua como CEO, CTO, CFO e CSO, respectivamente, da companhia.
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Os quatro tiveram passagens importantes por grandes companhias brasileiras e multinacionais. Parejo chegou ao Brasil para atuar como head de vendas e operações de oferta nacional no Groupon Brasil, onde ficou até o IPO da companhia. Pouco depois, ele aceitou o convite do CEO e cofundador da Bidu, e entrou como cofundador e COO da startup, uma das primeiras corretoras de seguros de carro online do mercado brasileiro. Em 2020, depois de voltar à sua cidade natal e fundar mais um negócio, desta vez voltado para o setor de logística, Parejo cofundou a gestora de investimentos Niche Partners.
Em todas as companhias pelas quais passaram, os executivos sentiam os mesmos problemas. Os responsáveis pelas finanças da empresa passavam o mês inteiro conferindo tabelas e pagando salários, compras e custos da companhia, ficando sem tempo para processos mais estratégicos. De acordo com eles, o processo custava em torno de 360 horas por ano de trabalho manual para essas companhias, o que equivale a aproximadamente R$ 50 milhões em salários perdidos. Além disso, facilmente eram encontrados erros nesses pagamentos e prestações de contas.
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Para Hulisses Dias, mestre em finanças pela universidade de Sorbonne, o processo não poderia ser mais importante. “Ao manter as finanças sob controle, uma empresa pode tomar decisões estratégicas embasadas em dados concretos. Isso inclui a alocação eficiente de recursos, a identificação de oportunidades de investimento e a mitigação de riscos financeiros”, afirma. “Além disso, uma boa gestão contribui para a construção de uma reputação sólida no mercado. O cumprimento de compromissos financeiros, o pagamento pontual de fornecedores e a transparência nas transações financeiras são aspectos fundamentais para estabelecer a confiança com clientes, investidores e parceiros comerciais”.
Desde a sua fundação, a companhia já captou R$ 32 milhões em investimentos e hoje tem cerca de 150 clientes. Para 2024, a expectativa é atingir um valor transacionado de R$ 1 bilhão, além de triplicar a base de clientes.
”A Kamino está crescendo rapidamente, concentrando-se na venda e implementação de nossa plataforma. Nossos clientes já nos relatam ganhos significativos de eficiência em seus processos de pagamento e conciliação. Além disso, com a ajuda de nossa conta e cartão de crédito corporativo integrados, eles conseguem descentralizar a gestão e conciliação das despesas com cartão, mantendo o controle do caixa”, diz o CEO. “Nosso objetivo é consolidar a posição da Kamino como a melhor aliada dos times financeiros das empresas de médio porte do Brasil em primeiro lugar e, posteriormente, do restante da América Latina.”