Ibovespa sobe à espera da ata do Fed

20 de novembro de 2023

O Ibovespa sobe 0,11%, atingindo 124.822 pontos no pregão desta segunda-feira (20), em uma semana marcada pela divulgação das atas das reuniões de política monetária nos Estados Unidos e na Europa. Paralelamente, os investidores brasileiros estão atentos aos acontecimentos políticos locais, bem como às eleições na Argentina. O dólar iniciou a sessão com uma queda de 0,17%, sendo negociado a R$ 4,89.

A semana enfrentará menor liquidez devido ao feriado da Consciência Negra nesta segunda-feira, com o Tesouro e a B3 operando normalmente, enquanto os bancos estão em esquema de plantão, o que pode reduzir o volume do mercado de câmbio. Além disso, o feriado americano na quinta-feira, Dia de Ação de Graças, também contribuirá para a redução da liquidez ao longo da semana.

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Nesta terça-feira, os investidores estarão atentos à ata da última reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve, que deve fornecer indicações sobre os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos, com expectativas de um ciclo de corte de juros. A ata do Banco Central Europeu (BCE) será divulgada na quinta-feira.

No cenário político nacional, a Comissão Mista de Orçamento planeja votar o relatório do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o parecer preliminar do Plano Plurianual 2024-2027. Após a aprovação, esses projetos seguirão para o plenário do Congresso e devem ser aprovados até 22 de dezembro.

Na economia brasileira, especialistas consultados pelo Banco Central ajustaram para baixo suas expectativas de inflação e reduziram a perspectiva de crescimento para este ano na pesquisa Focus. A expectativa para a alta do IPCA em 2023 caiu para 4,55%, enquanto a perspectiva de crescimento foi ajustada para baixo. No cenário internacional, o ultraliberal Javier Milei se tornou presidente da Argentina, apresentando propostas como a extinção do Banco Central, a dolarização da economia e a ruptura de relações com diversos parceiros comerciais, incluindo o Brasil.

Diego W. Pereira, do JPMorgan, afirmou em nota aos clientes que não alteraria sua recomendação sobre os títulos internacionais da Argentina, mantendo um posicionamento cauteloso devido à incerteza persistente em relação à trajetória da política econômica de Milei e à frágil posição econômica do país.

Na China, o país optou por não alterar as taxas de empréstimos referenciais em uma fixação mensal nesta segunda-feira, correspondendo às expectativas. Isso ocorre enquanto o iuan mais fraco continua a limitar o afrouxamento monetário, e as autoridades aguardam para avaliar os efeitos do estímulo anterior sobre a demanda de crédito.

(Com Reuters)