A notícia disparou uma recuperação dos preços da criptomoeda mais importante. O bitcoin estava sendo negociado no fim da tarde a US$ 45,7 mil, estabilidade em relação à véspera. Durante a manhã, os preços amargaram uma queda de 2,6% ante o fechamento anterior.
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As cotações chegaram a um máximo de US$ 47,7 mil dólares nos primeiros dias de janeiro, pois a aprovação dos ETFs pela SEC era considerada certa e será um evento transformador no mercado de criptomoedas.
Ímpeto na demanda
A diferença é que os derivativos são, em geral, emitidos por bancos e exchanges. Assim, o investidor na verdade está comprando um título de um banco, e não uma fração de bitcoin. Ao permitir os ETFs de mercado à vista, a SEC criará uma demanda final por criptoativos que é potencialmente gigantesca.
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O impacto dessa medida é tão simples quanto poderoso: esses produtos tornariam mais fácil aos americanos comprar bitcoins. Segundo Sebastián Serrano, CEO e cofundador da exchange Ripio, os ETFs deverão estimular o mercado por facilitarem o acesso às criptomoedas. “Não é necessário entender a tecnologia do blockchain, nem se preocupar com a custódia do bitcoin” diz ele. “Além disso, os ETfs oferecem vantagens em termos de liquidez e de regulamentação”, afirma. As cotas dos ETFs são negociadas em bolsa como se fossem ações, e esses fundos estão sujeitos à fiscalização das autoridades de mercado.
Isso permitiria que os investidores americanos, tanto institucionais quanto individuais, tenham mais acesso tanto ao bitcoin quanto a outras criptomoedas. Os analistas estão otimistas. Profissionais do banco sul-africano Standard Chartered preveem que a aprovação pode trazer US$ 50 bilhões em recursos para o mercado neste ano. Outros analistas, mais conservadores, esperam esse volume ao longo dos próximos cinco anos.
Reviravolta
A aprovação será uma guinada para a SEC. Nos últimos dez anos, a autarquia rejeitou sistematicamente qualquer tentativa de lançar ETFs de criptomoedas no mercado à vista, devido a preocupações de que os preços desses ativos, que não são regulamentados nem emitidos por nenhuma empresa ou autoridade, seriam vulneráveis à manipulação. Gensler, presidente da SEC, declarou em meados de 2023 que o bitcoin não é um valor mobiliário, como uma ação ou um título de renda fixa.
No entanto, as esperanças de que a SEC finalmente aprovasse os ETFs de bitcoin aumentaram no terceiro trimestre de 2023, depois que um tribunal federal de apelações decidiu que a agência estava errada ao rejeitar um pedido da gestora de recursos Grayscale Investments para converter o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em um ETF. Essa decisão forçou a agência a reexaminar a sua posição.
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