Ibovespa abre em alta à espera do PIB norte-americano

25 de janeiro de 2024

O Ibovespa opera em alta de 0,13% na abertura do pregão desta quinta-feira (25), a 127.986 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O pregão será marcado pela divulgação de um indicador essencial para pautar as expectativas sobre os juros americanos: a variação do Produto Interno Bruto (PIB) americano no quarto trimestre de 2023.

O dólar recuava 0,04% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9294.

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A satisfação dos consumidores brasileiros em relação à situação atual piorou em janeiro e a confiança caiu para o nível mais baixo desde maio do ano passado, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quinta-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve queda 2,4 pontos em janeiro, para 90,8 pontos, seu menor patamar desde maio de 2023 (89,5 pontos).

“O resultado é motivado pela piora das perspectivas sobre a situação atual e das expectativas para os próximos meses, assim como disseminada entre as faixas de renda, com exceção da confiança dos consumidores de renda mais alta que subiu no mês”, explicou em nota a economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia.

Os dados da FGV mostraram que o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,7 pontos, para 77,6 pontos, seu segundo mês consecutivo de queda, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,3 pontos, alcançando 100,2 pontos.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, a expectativa fica em torno da divulgação de um indicador essencial para pautar as expectativas sobre os juros americanos: a variação do Produto Interno Bruto (PIB) americano no quarto trimestre de 2023.

Por lá, as ações da Tesla recuaram 7% nas negociações pré-mercado nesta quinta-feira, depois que o presidente-executivo da companhia, Elon Musk, alertou que o crescimento das vendas irá desacelerar este ano, apesar dos cortes de preços que já prejudicaram as margens e aumentaram as preocupações dos investidores sobre a montadora mais valiosa do mundo.

Musk disse que o crescimento será “notavelmente menor”, ​​já que a Tesla está se concentrando em um veículo elétrico de próxima geração a ser produzido em sua fábrica no Texas no segundo semestre de 2025, o que deverá desencadear o próximo boom nas entregas.

Na Ásia, as ações da China subiram pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, após o banco central do país anunciar políticas de apoio, como uma profunda redução nas reservas obrigatórias dos bancos, para estimular uma economia frágil e dar suporte a seus mercados de ações.

O Banco do Povo da China anunciou na quarta-feira um corte de 50 pontos-base na quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, chamada de taxa de compulsório, a partir de 5 de fevereiro. Esse é o maior corte desse tipo em dois anos e injetará cerca de 140 bilhões de dólares no sistema bancário.

O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,96%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,51%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 3,03%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,03%.

Na Europa, a confiança das empresas alemãs teve uma inesperada piora em janeiro, caindo pelo segundo mês seguido, em um momento no qual a maior economia da Europa tenta evitar uma recessão e o curto período de otimismo dá lugar à expectativa de que vem mais um ano fraco pela frente.

O instituto Ifo disse que seu índice de clima de negócios caiu para 85,2, contra 86,3 em dezembro. Especialistas em pesquisa da Reuters esperavam uma melhora no índice para 86,7 em janeiro. “A economia alemã está presa na recessão”, afirmou o presidente da Ifo, Clemens Fuest. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,3% em 2023.

“A tentativa de retomar o otimismo no outono passado (no Hesmifério Norte) teve vida muito curta”, disse Carsten Brzeski, economista do ING, prevendo mais uma recessão de -0,3% em 2024.

O Stoxx 600 perdia 0,43%; na Alemanha, o DAX recuava 0,56%; o CAC 40 em queda de 0,58% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 1,06%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,24% no Reino Unido.

(Com Reuters)