-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
“O setor de tecnologia é atrativo para os investidores, mas as grandes teses de investimento nesse setor estão fora do Brasil”, diz Luis Novaes, analista da Terra Investimentos. Uma forma de se ter acesso a esses investimentos é através dos BDRs.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) – um certificado de depósito que representa uma ação estrangeira – voltam a ganhar atenção com o aumento das ações no exterior. ”É possível notar pelas BDRs mais negociadas que o investidor busca empresas de tecnologia com relevância global, como Microsoft, Google, Apple, sendo que ao longo dos últimos 3 anos, esse (setor) foi o melhor investimento em relação aos setores listados americanos”, diz Novaes.
Segundo a B3, 2023 terminou com 857,2 mil investidores com BDRs em carteira, um aumento de 133,5% em relação a 2022. Quase todos (99,8%) são pessoas físicas. Para Sena, esse aumento “vem daquelas mesmas pessoas que já tinham algum tipo experiência em relação ao universo das ações”.
Ela recorda que o número de investidores na bolsa caiu entre 2022 e 2023. A performance dos BDRs superou a do Ibovespa. No ano passado, o índice BDRX, composto por 145 BDRs, avançou 26,3%, acima dos 22,3% do Ibovespa. O volume cresceu 9%, para R$ 14,4 bilhões no fim de 2023.
Vale a pena? Segundo os especialistas ouvidos pela Forbes, os BDRs permitem uma diversificação de setores e de moedas, com o investidor podendo se expor a setores que não são bem representados na B3, como tecnologia ou medicamentos, por exemplo.