Superintendência do Cade aprova compra da Kopenhagen pela Nestlé

9 de fevereiro de 2024

Loja da Kopenhagen em Pinheiros: aquisição pela Nestlé pode ser finalizada em 15 dias (Foto: Rafael Felix)

A Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta sexta-feira (9) a operação de aquisição das empresas do Grupo CRM pela Nestlé Brasil, que foi anunciada em 18 de novembro de 2023.

  • Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

A Nestlé atualmente oferece produtos em 15 segmentos de mercado no Brasil. Já o Grupo CRM é composto pela CRM Indústria e Comércio de Alimento, responsável pelas atividades industriais, e pela Nibs Participações, que possui as marcars Kopenhagen; Chocolates Brasil Cacau e Kop Koffe.

Segundo a Superintendência do Cade, “há elementos suficientes para afastar a possibilidade de exercício de poder de mercado pela Nestlé após a operação nos cinco mercados relevantes”. Como “as empresas não teriam capacidade ou incentivos para fechar quaisquer dos mercados verticalmente relacionados”, informou o Cade, “a operação não suscita preocupações concorrenciais”.

Leia mais:

O fechamento do negócio depende do cumprimento de algumas condições pela Nestlé. A multinacional suíça se comprometeu a, por cinco anos após a homologação do acordo, “não adquirir quaisquer ativos (marcas, conjunto de marcas ou empresas) que representem, acumuladamente, participação de mercado superior a 5% do mercado relevante nacional de chocolates”. A participação será medida “pelo faturamento no ano anterior à cada operação (…), consoante leitura de mercado realizada pela Nielsen”.

Se o Tribunal do Cade não decidir analisa o processo ou se não houver recursos de terceiros, em 15 dias, a operação estará aprovada em definitivo.

Aquisição

Anunciada em setembro, a aquisição da Kopenhagen pela Nestlé representou a saída do fundo de private equity internacional Advent do varejo no Brasil. No início de agosto, o fundo havia zerado sua participação acionária no Carrefour, que havia adquidiro em 2021, quando vendeu a rede de supermercados Big – sucessora das operações da americana WalMart – para a rede francesa.

Apesar de terem envolvido empresas do mesmo setor, as motivações das vendas foram diferentes. A saída do Carrefour foi provocada pelas dificuldades do varejo. Já a venda da Kopenhagen deveu-se ao bom momento da empresa, que havia sido comprada pelo Advent em 2020.