Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, morre aos 83 anos em São Paulo

19 de março de 2024
Claudio Wakahara/Divulgação.

Sua trajetória teve início em 1947, quando sua mãe, Eva, fundou a Biblioteca Circulante, que posteriormente se transformou na Livraria Cultura.

Pedro Herz, proprietário da Livraria Cultura, morreu na manhã desta terça-feira (19), em São Paulo, aos 83 anos, vítima de um ataque cardíaco ocorrido durante a madrugada. O corpo de Herz será velado no Cemitério Israelita do Butantã a partir das 10h desta quarta-feira (20), com o enterro programado para as 12h.

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A nota divulgada pela assessoria de imprensa do grupo destaca a contribuição fundamental dele para o desenvolvimento e promoção da literatura no Brasil.

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“Herz foi um visionário no campo editorial, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e promoção da literatura em nosso país. Sua paixão pela leitura e seu compromisso em tornar os livros acessíveis a todos deixaram uma marca indelével na comunidade literária e além. Sua ausência será profundamente sentida, mas seu legado perdurará através das páginas dos livros que tanto amou. Neste momento de luto, a família agradece o carinho e condolências”.

Pedro Herz nasceu em São Paulo em 1940, em uma família de judeus alemães que haviam buscado refúgio no Brasil fugindo do nazismo. Sua trajetória teve início em 1947, quando sua mãe, Eva, fundou a Biblioteca Circulante, que posteriormente se transformou na Livraria Cultura.

Apesar de já ter alcançado um faturamento de R$ 230 milhões, a Livraria Cultura enfrentou dificuldades financeiras nos últimos anos. Em 2018, entrou em recuperação judicial com uma dívida de R$ 285 milhões. A empresa chegou a ter sua falência decretada no ano passado, porém essa decisão foi revertida duas vezes. Em fevereiro deste ano, a Justiça negou um pedido da livraria, que está em recuperação judicial, para suspender a ordem de despejo de sua loja localizada na avenida Paulista. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) apontou que a unidade do Conjunto Nacional acumula dívidas de aluguel de R$ 15 milhões desde 2020.