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O levantamento mostrou que, entre o público que tem uma renda mensal superior aos R$ 10 mil, apenas 20% têm um alto nível de planejamento financeiro. Porém, 89% dos entrevistados afirmam estar se preparando adequadamente para o futuro e 93% dizem ter objetivos financeiros de curto, médio e longo prazos, mesmo sem ter esse planejamento no papel.
O presidente do Instituto, Renato Meirelles, corrobora com a afirmação e diz que os resultados mostram interesse crescente no tema. No entanto, há uma insegurança nítida em relação à tomada de decisão.
Entre as pessoas que dizem ter conhecimento avançado em finanças, 41% ainda mantêm investimentos em poupança. A diretora do Itaú Personnalité, Adriana dos Santos, acredita que esse dado também volta ao ponto da falta de decisão certa. “Esse é um dos motivos pelo qual ainda vemos uma participação da poupança como opções de investimento para o público, mesmo entre os que se descrevem como arrojados”, diz.
Pensando no cenário como um todo, 80% dos entrevistados se dizem otimistas com a própria situação financeira. O percentual é maior entre os jovens do que nos maiores de 50 anos, sendo 94% e 70%, respectivamente. Porém, o medo de perder renda também é grande, seja com crises econômicas, golpes ou investimentos equivocados.
Quando o recorte é feito por gênero, as mulheres demonstram maior interesse em aprender sobre finanças e investimentos: são 43% ante 34% do público masculino. Além disso, ambos os gêneros admitem que conversar sobre dinheiro com companheiros ou familiares ainda gera desconforto.