A cúpula de líderes do G20, que acontece no Rio de Janeiro, começou com uma novidade. Nesta segunda-feira (18), o governo brasileiro lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, um pacto que nasce com 147 membros fundadores — sendo 82 países, os blocos econômicos União Europeia e União Africana, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.
O objetivo da Aliança é acelerar esforços globais para erradicar a fome e a pobreza para que seja possível erradicar o problema até 2030. A colaboração começou a cerca de um ano com diálogos e colaboração para o desenho do projeto.
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A expectativa do governo brasileiro é de que o número final de países parceiros atinja a casa dos 100. Dentre os apoiadores também estão braços de apoio das Nações Unidas (ONU), instituições financeiras como o Grupo Banco Mundial e bancos de desenvolvimento regionais e organizações filantrópicas como a Fundação Rockefeller, a Fundação Bill & Melinda Gates e a Children’s Investment Fund Foundation. Confira a lista completa no link.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um aporte de US$ 25 bilhões (R$ 146 bilhões) na iniciativa para projetos destinados à América Latina e Caribe.
A Argentina era o único país membro do G20 que não havia aderido ao projeto, mas a confirmação de participação do governo de Javier Milei veio ao longo desta segunda-feira (18).
Para que serve a Aliança?
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o número de pessoas em situação de vulnerabilidade vem crescendo desde a pandemia e hoje se encontra na casa dos 733 milhões. De acordo com o governo federal, a Aliança opera por meio de três pilares principais: nacional, financeiro e de conhecimento. A ideia é mobilizar e coordenar recursos para políticas baseadas em evidências adaptadas às realidades de cada país membro.
Os países que aderiram ao projeto se comprometeram a anunciar medidas para combate à fome e pobreza em âmbito nacional. A Noruega também prometeu conceder recursos para países em desenvolvimento para que as metas sejam atingidas.
Dentre os projetos que compõem a Aliança está aumentar o número de pessoas que contam com programas sociais e a ampliação de medidas hoje já adotadas.
O projeto funcionará de forma independente ao sistema de colaboração do G20.
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