A pesquisa “wX Insights 2020: The Rise of Women STEMpreneurs” do IDB Lab, laboratório de inovação do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento e do Santander X, ecossistema de empreendedorismo universitário do banco, mostra crescente dinamismo no panorama de empreendedorismo feminino nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) em países latinos e no Caribe.
O estudo, que nota um aumento consistente em empreendimentos de STEM desde 2013, teve uma base de 1.148 participantes, 405 das quais são classificadas como “STEMpreendedoras”. O Brasil tem a maior representatividade no estudo (15% das participantes), seguido do Peru (11%) e Argentina (9%).
A vasta maioria destes negócios (81%) foi estabelecida nos últimos cinco anos. Entre as fundadoras consultadas, 54% levantaram investimento de anjos ou venture capital, ao passo que a grande maioria (80%) tem segurança suficiente para escalar seus negócios para outros países nos próximos cinco anos.
O maior desafio das STEMpreendedoras em relação a recursos é a falta de dinheiro próprio para começar a construir seus projetos, segundo o estudo, que aponta redes de contato mais próximas como crucial para seus negócios (78% das fundadoras brasileiras recorrem a este grupo como fonte principal de capital). Fundadoras também reportaram acesso limitado a uma rede de contatos apropriada como outra grande dificuldade.
Apesar destas barreiras, empreendedoras de exatas na América Latina têm conseguido atrair investimentos de fontes institucionais, segundo o relatório, e tem maior propensão de atrair mais de uma fonte de capital em relação a fundadoras de negócios não-STEM.
Além do aspecto de acesso a capital, o estudo mostra a importância de mentoria para as inovadoras. Entre as empreendedoras consultadas, 67% dizem ter recebido mentoria, enquanto 79% das mulheres que conseguiram captar investidores para seus projetos também tiveram o apoio de mentores.
O QUE PRECISA MUDAR
Para criar condições mais favoráveis para empreendedoras nas áreas de STEM, o relatório oferece recomendações que incluem um maior envolvimento de mulheres nos processos seletivos de fundos de venture capital e aceleradoras. Além de ajudar fundadoras, o relatório recomenda que estes mesmos fundos busquem investir em empresas que tenham políticas que incentivem o crescimento profissional de mulheres.
Governos também têm um papel a cumprir, segundo o estudo, que podem ser mais ativos na provisão de capital para empreendedoras, em particular nas áreas STEM. Além disso, deve haver um maior foco na educação, com programas de treinamento e programas de estudo, bem como missões para o exterior.
A anatomia da STEMpreendedora latina, segundo o wX Insights:
– 40% têm mestrado ou doutorado;
– A maioria (72%) tem menos de 40 anos;
– 46% têm mais de um dependente;
– A maioria (64%) tem pelo menos um empreendedor na família;
– 67% estudou ou trabalhou em outros países.
Clube de autores desenvolve tecnologia para identificar um potencial best-seller
Uma década depois de revolucionar a forma de editar livros, o Clube de Autores comemora os resultados com novidades. A plataforma de autopublicação criada pelo baiano Ricardo Almeida que fechou 2019 com mais de 70.000 títulos publicados desde o início das operações e 50% de crescimento em relação ao ano anterior, percebeu que o modelo de negócios está passando por mudanças. “Os leitores que acompanham os nossos autores pararam de procurar essas obras na nosso ecommerce e as estão buscando em outros canais, como os sites da Amazon e da Livraria Cultura e os marketplaces tradicionais, como o Magazine Luiza. Com isso, o Clube passou a ser o lugar onde os autores compram livros para montar seus próprios estoques – ao contrário de quando começamos. Naquela época, eles não queriam ser obrigados a imprimir uma quantidade mínima, que muitas vezes ficava ‘encalhada’”, explica Almeida. Agora, com o advento das redes sociais, os autores precisam manter um estoque, ainda que pequeno, para vender diretamente ao consumidor.
Com essa reviravolta de comportamento, a plataforma foi redesenhada e estreia hoje (31) com outra cara e algumas mudanças no modelo de negócios, agora totalmente voltada aos autores. Uma delas é que, ao contrário da impressão de um único exemplar por vez – estratégia que sustentou a iniciativa ao longo dos últimos 10 anos –, o autor vai poder comprar volumes maiores e, se quiser, ainda vai ter a opção de deixar a operação logística a cargo do Clube. “Durante o período de testes, já registramos um pedido de 2.000 exemplares. Estão começando a aparecer pequenas editoras interessadas nesse modelo de impressão e distribuição”, explica o CEO da empresa, que tem expectativa de vender 170 mil unidades em 2020.
****
Força Meninas faz primeira missão no Vale do Silício
O Força Meninas, negócio de impacto social com foco na capacitação de garotas, acaba de voltar da sua primeira missão ao Vale do Silício. O projeto, liderado por Déborah de Mari e apoiado pelo Banco Original, trabalha com meninas no desenvolvimento de habilidades para a liderança do futuro.
As jovens Isabelle Christina (paulistana, 16 anos), Mariana Bigolin Groff (gaúcha,17 anos), Anna Luísa Beserra (baiana, 21 anos) e Rafaella De Bona (curitibana, 22 anos), fizeram uma imersão de cinco dias, tiveram o objetivo de expor as garotas a empresas e ideias que aumentem seu potencial.
Brasileiros atuantes em empresas baseadas no Vale, como Samuel Gosto, do Google, Angela Teodoro, do eBay, Andrea Lista, da Silicon House, Carolina Reis, da One Skin, e a investidora de venture capital Barbara Minnuzi, bem como atores do ecossistema local, receberam as jovens para discutir temas como experiência do usuário, design, futuro do trabalho e sororidade.
****
A startup de gerenciamentos de processos Pipefy abriu inscrições para seu programa de seleção de trainees, o Young Guns. Um grupo de 15 a 20 pessoas será selecionado para passar um ano na empresa, com a possibilidade de um intercâmbio no Vale do Silício. Os trainees também receberão cursos, eventos e visitas em outras empresas.
No ano passado, a empresa recebeu mais de 2.500 inscrições de candidatos brasileiros e de países como Índia, Itália, Estados Unidos e Irlanda para o estágio. A maioria da equipe comercial da empresa é composta por alumni do programa. A empresa não exige experiência nem formação em vendas para o processo seletivo, que tem três etapas e recebe inscrições até 8 de fevereiro.
****
O aplicativo de compartilhamento de transporte 99 reduziu a quantidade de ocorrências graves na plataforma em 60% em 2019. O resultado é creditado a um investimento robusto em segurança, como o uso de inteligência artificial para monitorar o perfil de todas as chamadas, detectar corridas perigosas e prever incidentes antes mesmo que eles aconteçam.
Os algoritmos utilizados pela empresa vasculham padrões de comportamento que estão associados a incidentes (como horário, modo de pagamento e histórico do usuário) no momento da chamada. Se um passageiro acaba de baixar o aplicativo, solicita uma corrida em dinheiro e em horas avançadas, por exemplo, a tecnologia entende que pode haver risco. Essa soma de fatores resulta em um bloqueio automático ou a validação adicional de identidade, pedindo dados como nascimento, CPF e cartão de crédito.
****
O Ministério da Saúde e o Twitter anunciaram um recurso para ajudar a busca por informações sobre o novo coronavírus. As pessoas que buscarem termos associados ao assunto na rede social vão receber, como primeiro resultado, uma notificação para acessar conteúdos oficiais da instituição. Entre as informações disponíveis estão detalhes sobre as causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. A ferramenta também funciona em outros idiomas e países.
****
Escola do futuro brasileira participa de competição em San Diego
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.