A organização passou por um processo de avaliação criterioso para ser selecionado por Scott. A Laboratória é liderada pela peruana Mariana Costa Checa, que já foi reconhecida por Barack Obama e pelo MIT como uma das empreendedoras latinoamericanas mais inovadoras. “Essa doação nos permitirá construir e sonhar a longo prazo, lembrando que a Laboratória veio para ficar, assim como as mulheres na tecnologia”, diz ela.
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Em 2021, 90% das graduadas no bootcamp da Laboratória conseguiram um emprego na indústria tech, com um salário médio de US$ 1.000 (R$ 5.245).
A organização hoje tem operações no Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru, sendo fonte de talentos para mais de 1.100 empresas na América Latina e no mundo. A Ong agora contará com o braço Laboratoria+, iniciativa voltada para mulheres que já atuam no setor de tecnologia para que possam chegar ao topo das organizações. “Estamos nos preparando para escalar de maneira significativa e chegar a muitas outras mulheres. E essa doação é essencial para que isso seja possível”, diz Acher.
Outras doações de Mackenzie Scott
Mackenzie Scott, a mulher mais poderosa do mundo, segundo a Forbes, dá poucas entrevistas e raramente faz aparições públicas. A única comunicação sobre sua filantropia é feita por meio de atualizações semestrais no site Medium.
Scott doou dinheiro para mais de 1.200 organizações que vão desde pequenas Ongs e grupos de justiça social até grandes nomes como Planned Parenthood e Girl Scouts. Em março deste ano, ela doou R$ 27 milhões para a Ong brasileira Gerando Falcões.
Em sua carta da organização filantrópica Giving Pledge, ela afirmou que seu objetivo é doar a maior parte de sua fortuna. “Tenho uma quantia desproporcional de dinheiro para compartilhar. Minha abordagem à filantropia continuará a ser ponderada. Vai levar tempo, esforço e cuidado. Mas não vou esperar. E vou continuar até que o cofre esteja vazio.”