“É um sentimento de gratidão”, disse Debinha ao agradecer pela indicação ao prêmio. No último ano, ela foi responsável por liderar a Seleção Brasileira à vitória da Copa América Feminina e foi eleita uma das 11 melhores jogadoras da liga norte-americana de futebol feminino de 2022. Mais recentemente, nesta semana, a camisa 9 da Seleção fechou contrato com o time norte-americano Kansas City Current após o fim do seu contrato com a equipe North Carolina Courage, da mesma liga.
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Mesmo com esse rol de conquistas no último ano, tanto Debinha quanto Pia têm uma trajetória de peso no futebol. Confira os feitos delas a seguir.
Uma jogadora valiosa
Débora Cristiane de Oliveira, mais conhecida como Debinha, iniciou no futebol profissional aos 16 anos ao ser contratada pelo time Saad, do Mato Grosso do Sul. Depois, teve passagem pelos times brasileiros Portuguesa, Foz Cataratas – com o qual ganhou a Copa do Brasil – e São Paulo. Além disso, foi emprestada brevemente para o São José em 2014, equipe com a qual ela ganhou a Copa das Libertadores Feminina e o Campeonato Internacional Feminino do mesmo ano.
Logo depois de sair do São Paulo em 2013, Debinha se aventurou em campos internacionais e foi contratada pelo time norueguês Avaldsnes IL, no qual foi artilheira da temporada de 2014 com 20 gols. Em seguida, entre 2016 e 2017, jogou pela equipe chinesa Dalian Quanjian a Super Liga Feminina Chinesa, da qual saiu vitoriosa.
Já para o Brasil, Debinha veste a camisa 9, participou de 129 jogos e fez 57 gols. Convocada para a Seleção pela primeira vez em 2011, ela foi a jogadora que mais fez gols desde que Pia assumiu o treinamento do time, com 28 gols. Foi campeã da Copa América com a equipe em 2018 e 2022. Também, estava no time no 4º lugar da equipe brasileira nas Olimpíadas Rio 2016, jogou Londres 2012 e Tóquio 2020 e participou da sua primeira Copa do Mundo em 2019.
Uma bicampeã olímpica
Além de uma treinadora que já ganhou duas Olimpíadas, Pia Sundhage não só é ex-jogadora da seleção da Suécia, mas também é a jogadora que mais goleou pelo time até hoje. Vencedora da Eurocopa de 1984, Pia deixou a sua carreira de jogadora já com a certeza de que queria ser treinadora.
Depois de comandar seu primeiro time nos Estados Unidos, Pia se tornou treinadora da Seleção norte-americana, time com o qual ganhou o ouro olímpico em 2008 e 2012. Também, foi responsável pelo início da capitalização dos talentos do futebol feminino nos EUA, equipe que, hoje, é considerada a melhor do mundo. Voltando para casa, conquistou uma prata nas Olimpíadas de 2016 com a Seleção sueca e organizou as categorias de base femininas do país.
Já tendo sido eleita a melhor treinadora do mundo pela Fifa em 2012, a mais recente indicação ao prêmio se une às outras quatro, de 2010 a 2013. “Não é sobre uma pessoa, mas sim um trabalho em grupo”, disse a treinadora em comemoração à indicação de 2022.