PUSH: evento de carreira feminina tem sua 4ª edição; conheça fundadora

14 de abril de 2023
Divulgação

Manuela Bordasch transita na moda desde pequena e virou uma referência em empreendedorismo com o Steal the Look e o PUSH

Com apenas R$ 30,00, o preço do domínio do blog, Manuela Bordasch criou o Steal The Look em 2012. A plataforma de moda, beleza e lifestyle logo ganhou um Instagram, que começava a se popularizar no Brasil à época, e menos de 10 anos depois, foi comprada pela gigante do varejo Magazine Luiza. Hoje, está presente em diferentes mídias e alcança mais de 6,5 milhões de pessoas por mês. “A empresa nasceu com o propósito de democratizar a moda com um tom educativo”, diz a fundadora.

O Magalu comprou também um braço do STL, o PUSH, evento focado em empreendedorismo feminino que terá sua 4ª edição amanhã (15). Antes mesmo de vender a empresa, Bordasch se tornou uma empreendedora referência e recebia diversas perguntas sobre o assunto. “O PUSH acabou surgindo de uma demanda que chegava para o Steal the Look de como empreender, além da demanda de dicas de carreira e oportunidades.”

Nesta edição, o primeiro evento presencial depois de um hiato provocado pela pandemia, 600 pessoas se reúnem na Casa das Caldeiras, em São Paulo. Serão 10 horas de conteúdo com uma line up que reúne mulheres de diferentes áreas, como Patricia Bonaldi, estilista e fundadora da PatBo, Luiza Brasil, influencer e fundadora do Mequetrefismos, Patricia Lima, CEO da Simple Organic, e Ju Ferraz, sócia-diretora da Holding Clube e colunista da Forbes. O evento terá mais de 15 painéis com temas que vão de liberdade financeira ao futuro da influência.

Nas três edições anteriores, o PUSH reuniu mais de 2 mil participantes e 90 palestrantes

Ela vive a moda desde pequena

Na sua biografia do Instagram, a empreendedora se define como “mãe do Steal the Look e do PUSH”, mas deixou o apego de lado para vender a empresa, acreditando no potencial do que havia constrúido. “A gente cria negócios para o mundo. Sozinha, eu consigo levar a um determinado teto, mas o negócio pode ter uma visibilidade muito maior.”

Manuela circula no mundo da moda desde pequena, acompanhando a loja dos seus pais. Mas o contato com esse universo se tornou mais pessoal a partir dos 14 anos, quando a gaúcha saiu de casa para trabalhar como modelo. Durante seis anos ficou entre cidades como São Paulo, Nova York e Londres. “Foi a maior escola que eu tive porque eu morei em países com culturas diferentes e a bagagem que me deu escola nenhuma dá”, diz. Mas ainda assim, a pedido dos pais, voltou para terminar os estudos e cursou relações internacionais. “No trabalho de conclusão de curso, em 2011, optei por falar sobre o modelo fast fashion no Brasil e me deparei com o boom dos blogs.”

Ela ficou intrigada com o fato de que as pessoas não linkavam o que estavam usando diretamente a uma compra. “Me pareceu um caminho muito óbvio. Acho que se eu não tivesse criado o Steal the Look, alguém teria tido essa ideia.

A empresa acaba de completar 11 anos produzindo conteúdos bem-humorados de moda, beleza e comportamento. “Na época, os veículos de moda falavam num tom muito professoral e impositivo”, lembra Manuela, que tinha outros sócios que foram saindo e vendendo sua parte na companhia.

Com o tempo, a fundadora, no início um pouco avessa a dar as caras nas redes, começou a ir para a frente das câmeras. Mas não só ela, a equipe toda – 33 mulheres e 2 homens – aparece nas redes do STL, um movimento que vai ao encontro das necessidades de conexão das mídias digitais e das marcas hoje. “Conseguimos criar um híbrido entre a informalidade e proximidade das blogueiras com a seriedade de um veículo com jornalistas.”

O STL acompanhou a evolução das redes e Manuela se preocupa em manter a relevância e construir uma marca forte em todas as plataformas – para não ficar refém de nenhuma delas –, além de hoje também oferecer um serviço de consultoria.

Depois da aquisição, pouco mudou no dia a dia da empresa, além das metas mais agressivas de um grupo de capital aberto como o Magalu, que a procurou para fechar o negócio. “Na minha carreira é uma nova fase, mais como executiva do que como empreendedora.”