A locutora publicitária concorria aos prêmios de melhor promoção, melhor audiodescrição para televisão ou filme em língua portuguesa (com a série documental “Todo Dia a Mesma Noite”, da Netflix), melhor comercial de televisão (para o Banco PAN) e melhor narração de vídeo corporativo (sobre sustentabilidade e para a Samsung). Ela venceu nas três últimas categorias.
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Para Kliass, o Prêmio SOVAS – que homenageou a atriz e também locutora Viola Davis – é uma oportunidade para os profissionais da área, que ficam “escondidos” por atrás de suas vozes, terem maior visibilidade. “Os locutores costumam gravar em seus home studios, são mais dos bastidores. Gostamos disso, mas ocupar um espaço como o do Beverly Hilton, onde acontece o Globo de Ouro, e estar rodeada de colegas do mundo todo faz com que os profissionais se sintam menos sozinhos”, afirma.
O trabalho de Simone Kliass
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No início da sua trajetória profissional, conta que era mais difícil encontrar trabalho como mulher no setor. “As vozes femininas mais valorizadas eram as mais graves e impostadas”, diz. “Eu vim do teatro, trazendo um estilo de locução muito natural e conversado, o que hoje é muito valorizado.”
Além de Kliass, outros brasileiros também levaram prêmios no SOVAS. A dubladora Raquel Marinho foi a ganhadora da categoria dublagem de destaque pelo seu trabalho na série “You”, da Netflix.
A voz se une à inovação
Cofundou a Associação Brasileira de Realidade Estendida, da qual já foi vice-presidente e, hoje, é conselheira. Ao mesmo tempo, comparece a eventos globais de inovação, como o SXSW (South by Southwest), para entender como contar histórias de maneiras mais imersivas e interativas, dando protagonismo aos espectadores.
Como especialista no tema e embaixadora da comunidade de mulheres Women in Voice no Brasil, ela acredita que a inteligência artificial nunca será capaz de substituir as especificidades do ser humano. “Nossas vozes fazem com que as palavras do texto ganhem significado e criem conexões humanas”, diz. “Quando precisamos da conexão, a IA não substitui o ser humano com suas nuances, ritmos, cacos, vulnerabilidade e autenticidade.”