O percentual é ainda menor no Peru (21,1%), Argentina e México (19,2%, cada). Em contrapartida, a participação feminina é maior no Chile (29,3%), Panamá (45,5%) e Colômbia (45,6%).
-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Os dados são de uma pesquisa conduzida pela Page Executive em parceria com a IGCLA (rede de Institutos de Governança Corporativa da América Latina) e com apoio da IFC (International Finance Corporation), do Banco Mundial. Foram ouvidos 900 conselheiros na região, sendo 411 no Brasil.
Demografia das mulheres nos conselhos
Em relação ao cargo ocupado pelas mulheres nos boards, apenas 7,1% são presidentes. Mais da metade (55,8%) ocupa a posição de membro independente, 15,5% atuam como conselheiras, 12,1% são membros acionistas e 3,4% são suplentes.
Leia também
- Mulheres nos conselhos: como aumentar a diversidade no topo
- Programa forma mulheres para conselhos de administração
No Brasil, 33,6% das mulheres que participam de conselhos têm mais de 60 anos. Na região, essa porcentagem é de 27,2%; 37,3% têm entre 51 e 60 e apenas 7,2% estão na faixa entre 41 e 50 anos.
Mulheres melhoram a tomada de decisão nos conselhos
Ainda é necessário um esforço para ampliar a presença de mulheres nesses espaços – que, segundo uma pesquisa recente, melhoram a tomada de decisão dos conselhos.
Um estudo com executivos que, juntos, atuaram em mais de 200 empresas de capital aberto nas principais bolsas de valores dos EUA e da Europa, concluiu que as conselheiras chegam às reuniões altamente preparadas, se mostram dispostas a reconhecer quando não sabem algo, fazem perguntas relevantes e abrem discussões que acabam moldando as decisões.
No entanto, as conselheiras ainda se deparam com barreiras para ganhar influência e respeito nesses espaços. “Para garantir que as mulheres tenham a mesma voz e participação nas reuniões dos conselhos, é necessário estabelecer políticas e práticas que promovam a diversidade, a inclusão e o acesso igualitário a informações e recursos”, afirma Isabel Bulos, líder da Page Executive do México.