A rodada série D, de US$ 250 milhões, foi liderada pelo megafundo japonês e teve a participação do também novo investidor Dragoneer Investment Group e dos apoiadores General Atlantic e Kaszek Ventures, este último um dos primeiros investidores da startup.
Segundo o cofundador e CEO da empresa, Gabriel Braga, a expansão tem sido discutida há um ano e meio. Novos mercados onde o processo de alugar imóveis é “confuso” como no Brasil serão os primeiros alvos.
Mercados mais culturalmente e geograficamente compatíveis com o Brasil, como o México, também são interessantes para a empresa, cuja plataforma digital cobre todo o processo do aluguel sem garantias tradicionais como fiador e propõe a proprietários maior liquidez e segurança no recebimento do aluguel. Mas o objetivo é cruzar o oceano.
“Vemos a Índia, a Indonésia e alguns outros países da Ásia como mercados de enorme potencial, com muita densidade populacional,” afirma Braga, cuja startup vale mais de US$ 1 bilhão.
Apesar de algumas peculiaridades locais, Braga diz que os mercados asiáticos compartilham muitos problemas parecidos com os entraves que a startup busca solucionar no Brasil.
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Com uma força de trabalho de mais de mil pessoas administrando uma operação em 25 cidades no país, a QuintoAndar se esforça para atrair mais profissionais estrangeiros, bem como brasileiros que estão fora do país.
Ter equipes globais é crucial para a estratégia de expansão, diz o fundador. A startup emprega 13 estrangeiros, de 9 países.
O desenvolvimento da tecnologia da empresa, onde 300 funcionários atualmente trabalham, será uma prioridade na nova fase.
A QuintoAndar tem um escritório de desenvolvimento em Campinas e avalia a possibilidade de aumentar seu braço de tecnologia com um hub fora do Brasil.
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Segundo Braga, a capacidade de análise de dados nos bastidores do negócio, um dos elementos em comum das empresas do portfolio SoftBank, é uma vantagem competitiva da empresa.
“O que se vê da nossa operação é só a ponta do iceberg. Disponibilizar e alugar um imóvel rapidamente, online, com a garantia e uma experiência do cliente superior, é algo apoiado por engrenagens complexas e muita inteligência de dados,” ressalta.
Um destes produtos é o conceito de iRent, atualmente em testes em São Paulo. Com base em sua capacidade analítica, que indica quais imóveis são mais propensos a serem alugados, a startup “compra” o problema de locação do proprietário e paga despesas como aluguel, IPTU e condomínio enquanto encontra um inquilino. O objetivo é fazer com o que dono do imóvel feche com a empresa.
Além de serviços voltados a donos de uma quantidade menor de imóveis, a QuintoAndar está desenvolvendo uma oferta de inteligência e gestão de imóveis para proprietários institucionais, que têm visto o mercado de aluguéis com interesse:
“Estamos desenvolvendo ferramentas e serviços que atendam às necessidades deste público, que ajudam a definir onde devem investir, quanto conseguem cobrar no aluguel e otimizar a gestão de imóveis em alta escala, com todos os serviços de conveniência.”
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