Rapidamente montamos um time de crise, contendo mais seis participantes que, junto a mim, passariam a se reunir diariamente (digitalmente, claro: o nome da reunião é “warZoom”) para não apenas entender a situação no mundo, no Brasil e em outras empresas de tecnologia, como debater questões internas e como deveríamos nos ajustar. Os primeiros dias foram caóticos – sinais de todos os lados, para todos os lados – e passaram-se alguns dias até ganharmos confiança que estávamos tomando todas as providências necessárias. Como operamos em uma cultura de extrema transparência, decidimos abrir o material feito a partir destes encontros para o mundo, na esperança de que isso pudesse ajudar outras empresas em desafios semelhantes. O link teve milhares de acessos desde o início da crise.
Uma das nossas primeiras iniciativas foi a mobilização de um de nossos squads de tecnologia, carinhosamente apelidado de “Crystal Ball”. Coletando dados de diversas fontes, começamos a montar as nossas próprias estimativas do avanço do vírus e também do seu impacto para os negócios. Novamente, abrimos todos os estudos e foi muito legal ver o engajamento e colaboração da comunidade de data science e startups no Brasil.
Com o mar ainda em turbulência, mas com mais controle do barco, a primeira preocupação, surgida lá no dia 12, permanece: as nossas pessoas. Mudamos de forma bastante ágil para o home office e, para minha surpresa, começamos a ser muito mais produtivos (minha hipótese é que a nova forma de trabalhar será uma das grandes locomotivas do Brasil nos próximos tempos). No entanto, com a maior produtividade, vem um desafio tão grande quanto: o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Tenho discutido este tema diariamente e sinto que ainda temos todos muito o que aprender. Vejo essa situação como uma grande oportunidade de nos aproximarmos da nossa humanidade.
Com alguns desafios endereçados e outros novos que surgem diariamente, temos começado a migrar do modo defensivo para um equilíbrio maior entre as ações de defesa e as ações de oportunidades. Nos próximos meses, seremos constantemente testados, e a capacidade de adaptação será fundamental para não apenas sobreviver mas também prosperar. Neste momento, lares nunca foram tão valorizados, e a tecnologia, tão importante. Vamos continuar trabalhando para oferecer experiências incríveis de moradia para nossos clientes.
Gosto muito de uma passagem do filme sobre o “Apollo 13”, que temos usado como analogia durante os últimos dias na Loft. Enquanto um cético dizia “isso será o maior desastre da NASA”, um dos encarregados de trazer a nave de volta para a Terra, após um problema no mecanismo de pouso, responde: “Com todo o respeito, senhor, acredito que este será o nosso melhor momento”, Isso vale para nós, como empresa de tecnologia, e também para o Brasil: tanto para os indivíduos, quanto para a nação.”
Quero Educação busca minimizar queda de receita em faculdades privadas
Uma redução de 20% na receita de faculdades privadas é esperada pela Quero Educação, startup que fornece tecnologia para o setor. A edtech dona de um marketplace que conecta alunos a instituições de ensino, prevê maior inadimplência e evasão para o inverno deste ano em relação ao mesmo período em 2019. A Quero diz ter conectado mais de 650 mil estudantes a vagas com desconto em 7.300 instituições de ensino no país.
Segundo a startup, a procura por graduações presenciais e que oferecem a opção de educação à distância (EaD) caíram 52% e 38%, respectivamente, em relação ao mesmo período no ano passado. Todos as áreas apresentaram queda, com exceção para certos cursos de EaD da área da saúde, como biomedicina (que cresceu 62%), fisioterapia (que teve alta de 56%) e farmácia (30%).
Outro problema enfrentado por faculdades é relacionado aos pedidos de redução do valor da mensalidade dos cursos presenciais, agora ministrados online por conta da pandemia. A Quero nota que o custo destas graduações é, em média, duas vezes superior ao valor dos cursos EaD.
“Muito tem se falado sobre como migrar aulas para o EaD, mas o grande desafio já não está em onde ministrar aulas e sim em como diminuir a inadimplência, evitar evasão e continuar matriculando alunos à distância”, afirma Flávio Rabelo, diretor de serviços financeiros da startup.
Para ajudar as faculdades a continuarem a matricular mesmo no período de crise, a empresa liberou o uso gratuito de sua plataforma Matrícula Digital, que permite que candidatos prestem vestibular, enviem documentos e se matriculem de forma remota. Além disso, a startup de São José dos Campos (SP) oferece um seguro educacional de até quatro mensalidades a ser contratado pelas faculdades e gratuito para os alunos.
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Os minutos de transmissão – 156 bilhões – representam um crescimento de 36% em relação à semana de 24 de fevereiro. A Netflix detém a maior fatia de mercado, com 29%, seguida por YouTube, 20%, Hulu, 10%, e Amazon, 9%.
“Spencer Confidential”, a comédia de ação protagonizada por Mark Wahlberg e produzida pela Netflix, foi o conteúdo mais visto na semana da pesquisa, seguido por “The Office”, da mesma provedora.
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Benefício do governo poderá ser sacado no Banco24Horas
A solução vai permitir que órgãos do governo, bancos públicos e outras instituições financeiras enviem o código numérico para o beneficiário do auxílio governamental. Com isso em mãos, é só ir a um dos caixas eletrônicos do Banco24Horas, selecionar a opção saque digital na tela e digitar os números do CPF e do código recebido. O dinheiro será liberado na sequência.
“Essa é uma alternativa para o pagamento do auxílio emergencial criado para minimizar a crise econômica do coronavírus”, afirma Tiago Aguiar, head de novas plataformas da TecBan. O executivo diz que a novidade vai facilitar o saque em dinheiro e abrir caminho para novas funcionalidades que promovam o acesso da população aos serviços financeiros oferecidos nos caixas eletrônicos. Segundo o Banco Mundial, cerca de 50 milhões de brasileiros não possuem conta bancária e dependem do dinheiro físico para sobreviver e movimentar a economia local.
MAIS
– Um parque de impressoras 3D foi montado pela Facens, centro universitário de Sorocaba (SP), para a produção de escudos faciais para auxiliar instituições e profissionais de saúde. Durante um mês, 14 impressoras 3D e sete profissionais do fablab do centro universitário produzirão cerca de 1 mil equipamentos, que podem ser reutilizados após a higienização adequada e possibilitam uma troca menos frequente de máscaras, segundo a Facens. Os primeiros lotes já foram recebidos por instituições como o Hospital das Clínicas de São Paulo, a Santa Casa de Sorocaba, o Hospital e Maternidade Santa Lucinda, o Hospital Regional de Sorocaba e outros hospitais e clínicas do estado de São Paulo.;
– A Via, empresa de infraestrutura digital para mobilidade pública, anunciou ontem (2) que levantou US$ 200 milhões em uma rodada de financiamento da Série E liderado pela EXOR. A operação, que elevou o valor da companhia para US$ 2,25 bilhões, tem como objetivo ampliar sua atuação em busca de uma mobilidade pública eficiente, acessível e equitativa. Por meio de algoritmo, a Via consegue combinar, em tempo real, vários passageiros com o mesmo destino, reduzindo significativamente o congestionamento e as emissões urbanas e melhorando a qualidade do serviço com menor custo;
– O Sicredi Conecta, aplicativo que permite que associados do Sicredi – instituição financeira cooperativa com 4,5 milhões de associados e atuação em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal – anunciem e vendam produtos e serviços entre si, registrou 2 mil novos usuários somente na última semana de março. Constatou-se também um aumento no tempo médio de permanência no aplicativo – cinco vezes maior que o usual – e quintuplicou o número de pessoas que clicaram no botão “comprar”;
– Para ampliar o escopo de ofertas robustas para o mercado, a Stefanini Scala, venture do Grupo Stefanini especializada em soluções como inteligência artificial, analytics e integração, firmou parceria com a Red Hat, empresa líder em inovação open source recém-adquirida pela IBM. Juntas, as empresas passam a disponibilizar aos clientes acesso a tecnologias confiáveis e de alta performance em cloud. Uma das principais vantagens, segundo a Stefanini Scala, é que a Red Hat já nasceu orientada ao contexto de transformação digital. Ao trabalhar com arquiteturas híbridas, ela atende clientes que trabalham com nuvens públicas e privadas, que já fizeram ou estão iniciando o processo de digitalização;
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