Os aplicativos mais recentes têm grandes vantagens sobre os anteriores, pois funcionam em iPhones e não dependem de bancos de dados centralizados que podem ajudar a comprometer a privacidade dos usuários vigiados por eles.
Cerca de 30% dos smartphones na Europa utilizam o sistema operacional iOS, da Apple, com quase todo o resto usando o Android, do Google. Juntos, eles equipam 99% dos smartphones do mundo.
Dezenas de países lançaram ou planejam aplicativos de vigilância de pessoas sob o argumento de que isso permite o rastreamento de sua localização e informação mais rápida sobre uma possível exposição ao coronavírus. China, Coreia do Sul e Índia são os países que optaram pelas abordagens mais invasivas da privacidade das pessoas.
No entanto, os desenvolvedores do aplicativo Swiss-Covid esperam mostrar que ele pode contribuir para a estratégia mais ampla de “teste, rastreamento, isolamento e quarentena” da Suíça, sem mesmo saber, segundo eles, onde as pessoas tiveram algum contato.
“Esperamos que haja uma forte sobreposição”, disse Marcel Salathe, epidemiologista digital do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne.
Siga todas as novidades da Forbes Insider no Telegram
Ainda existem falhas em potencial, pois o bluetooth não foi originalmente projetado para identificar distâncias com precisão. E, embora seja necessária a adoção em massa pelo público para que esses aplicativos funcionem, relativamente poucos idosos, que correm maior risco, têm smartphones.
A primeira geração de aplicativos de vigilância surgiu em março, mas teve pouco impacto e gerou preocupações de privacidade, com a Austrália exigindo que as pessoas registrassem seu nome e número de telefone, algo que a Apple se recusou a dar suporte.
Embora o aplicativo australiano tenha sido baixado quase 6 milhões de vezes, relatos e declarações do governo no mês passado disseram que ele ajudou a rastrear apenas um único caso de Covid-19.
O Covid-Warn-App da Alemanha, previsto para meados de junho, procura descartar esses riscos à privacidade desde o início.
Apple e Google disseram quando lançaram seu kit de ferramentas para aplicativos bluetooth no mês passado que autoridades de 23 países buscaram acesso a elas.
E TAMBÉM: Proposta de regras para aplicativos na pandemia pode matar startups, dizem especialistas
“As coisas podem mudar rapidamente no caso de uma nova epidemia e é aí que o aplicativo pode fornecer o suporte ideal”, disse Michael Zettel, chefe da consultoria Accenture na Áustria, à Reuters.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.