O ápice veio na sexta-feira (18), quando as ações da Tesla bateram recorde antes da aguardada estreia dos papéis no índice acionário S&P 500.
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A ascensão da Tesla também aconteceu no mesmo ano em que fundos de hedge ativistas e outros investidores resolveram pressionar corporações em relação ao combate às mudanças climáticas. As evidências são cada vez maiores de que mais investidores concluíram que o domínio de mais de um século do motor a combustão deve chegar ao fim no intervalo de uma década.
De Londres a Pequim, passando pela Califórnia, líderes políticos adotam planos para o fim de veículos movidos apenas pela queima de combustível já em 2030. A pressão para redução de emissões de gases estufa mina a lógica por trás de novos investimentos em motores a combustão.
Os consumidores vão aderir?
Este foi o ano em que a presidente-executiva da GM, Mary Barra, e outros importantes líderes da indústria de veículos começaram a ecoar Musk, afirmando que os custos de baterias podem em breve se igualar à tecnologia do motor de combustão interna.
Os veículos mais vendidos nos EUA continuam sendo picapes movidas a combustão. A demanda por estes veículos impulsionou a recuperação das montadoras de Detroit depois que a pandemia forçou o fechamento delas no primeiro semestre.
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As melhores fabricantes de baterias para veículos elétricos podem alcançar o custo dos motores de combustão interna já em 2023, escreveu a corretora Bernstein em relatório.
Em toda a indústria, montadoras centenárias como a Daimler estão caçando programadores e especialistas em inteligência artificial.
A Tesla, por exemplo, oferece atualizações de software como as que ocorrem em celulares como um recurso que diferencia a marca. Em 2020, o modelo mais vendido dos EUA, a picape F-150 da Ford, foi reprojetada para oferecer atualizações de software.
O presidente-executivo da Daimler, Ola Kaellenius, deixou a situação da indústria clara em outubro: “Precisamos olhar para nossas bases de produção e onde fizer sentido, temos que mudar nossa produção… Ano passado vendemos cerca de 700 mil carros de passageiros na China. O segundo maior mercado é os Estados Unidos, com entre 320 mil e 330 mil carros.”
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