Impacto da pandemia nas startups, Avaya, Loft, Ser Educacional & Muito Mais

18 de dezembro de 2020

Associação reporta impacto da pandemia nas startups

A maioria das startups brasileiras manteve ou aumentou o faturamento diante da crise do novo coronavírus, segundo dados da Associação Brasileira de Startups, obtidos com exclusividade pela Forbes. Segundo o levantamento, a maioria das startups (41,4%) manteve o faturamento ou, em 10,4% dos casos, aumentou 50% ou mais o faturamento da empresa em relação ao período antes da pandemia.

A maior área de impacto para as jovens empresas foi a aquisição de clientes e
vendas, sentida por 51,3%. O caixa de 19,3% das startups consultadas sofreu com a pandemia, com um impacto variando entre 10% e 50%. No que diz respeito a contratações, apesar de 61,9% não ter incorporado novos colaboradores ao seu quadro desde março, a grande maioria (84,6%) conseguiu evitar demissões. Sobre a continuidade das contratações, a proporção de empresas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que continuaram a aumentar o efetivo equivale a 45,6%, 41,1% e 36,6% das startups, respectivamente.

Grande parte das startups consideradas na pesquisa (57,4%) têm entre um e cinco pessoas no time; 24,6% têm entre seis e 10 empregados; e 10,6% são compostas por 11 a 20 profissionais – apenas 0,1% têm de 501 a 100 pessoas no time. A maioria (41,9%) sequer tem faturamento, ao passo que 10,4% das empresas têm faturamento abaixo de R$ 10 mil mensal; e apenas 13,5% faturam entre R$ 50 mil e R$ 250 mil.

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Avaya avança com foco em cloud

A Avaya, empresa de tecnologia de colaboração e comunicações, divulgou seus resultados financeiros para o quarto trimestre e do ano fiscal de 2020. A receita para o Q4 foi de US$ 755 milhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período no ano passado, com receita do ano fiscal de 2020 chegando a US$ 2,87 bilhões. Entre os destaque para o quatro trimestre, está o aumento na receita de cloud, que aumentou 3%, e chegou a 33% da receita. A empresa assinou 135 acordos com valor total de contrato superior a US$ 1 milhão, 17 de US$ 5 milhões e quatro de US$ 10 milhões no Q4. Em relação ao Brasil, a empresa fechou 40 novos contratos em 2020. Segundo o presidente da subsidiária brasileira, Márcio Rodrigues, o foco foi a migração dos clientes de diversos segmentos para o modelo off-premise.

“Como tudo passou a ficar remoto, os clientes aproveitaram o momento para buscar tal migração”, aponta o executivo, acrescentando que a empresa buscou reforçar a atuação em canais de comunicação como eventos virtuais para permanecer no radar dos clientes durante a pandemia. Segundo Rodrigues, o ano foi de consolidação do modelo de oferta por assinatura One Cloud Subscription e o posicionamento do Social Media Contact Center (SMCC) para o mercado brasileiro. “[Também formamos] parcerias tecnológicas com empresas como o Google, que vem nos apoiando na transformação do mercado de atendimento. Tudo isso apoiou a Avaya a se posicionar diferente no mercado”, ressalta. Para o ano que vem, o plano é consolidar o posicionamento das ofertas de One Cloud Subscription e SMCC para o Brasil. “Temos que apoiar aos nossos clientes nesse momento de transição do mercado”, conclui Rodrigues.

LEIA MAIS: Avaya foca em inteligência artificial no Brasil em 2020

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Itaú Unibanco, Natura e Nestlé anunciam parceria em hub de pesquisa 

Itaú Unibanco, Natura e Nestlé, anunciaram essa semana uma parceria inédita em que dividem um hub de pesquisa, em um modelo pioneiro no mercado que busca otimizar recursos e dar agilidade aos processos de contato com os clientes. Com a parceria, os estudos promovidos na plataforma ganham um olhar holístico para o comportamento dos consumidores.

Criado em 2016 pelo banco, o Lab nasceu para atender à necessidade das áreas de negócio de obterem resultados de pesquisa em um curto prazo e a um menor custo. Apenas em 2019, foram realizadas mais de 1 mil análises por meio da plataforma para auxiliar nos lançamentos e em mudanças de produtos e serviços e nas comunicações com os clientes. O uso do sistema reduz em 50% o tempo médio para chegar à conclusão de um estudo e em mais de 80% o custo. Segundo Livia Sarmento Campos, superintendente de planejamento e consumer market insights do Itaú Unibanco, o uso de dados, machine learning e inteligência artificial, entre outras ferramentas, está cada vez mais comum no dia a dia do marketing.

“A chegada da Natura e da Nestlé é uma grande conquista porque com elas conseguimos aportar conhecimentos que não temos dos setores de cosméticos e de alimentação. Se queremos entender melhor nossos consumidores, precisamos cada vez mais olhar para eles de forma completa, por isso abrir as portas para empresas renomadas como elas é tão enriquecedor”, diz a executiva. Atualmente, o Lab conta com mais de 4 mil clientes cadastrados, e a Nestlé já utilizou a plataforma para realizar alguns estudos.

A fabricante de alimentos, inclusive, investiu R$ 3,8 milhões em 2020 em inovação aberta – valor bem maior do que o do ano passado, de R$ 1 milhão. Foram mais de 35 pilotos com startups e mais de 15 com outros atores de inovação aberta, além da aceleração de cerca de 60 startups e parceria com 14 programas.

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Loft paga mais de R$ 1 milhão a porteiros em programa de indicação

A Loft, startup de compra, troca, financiamento e venda de imóveis, já pagou mais de R$ 1 milhão para porteiros por meio do Programa Loft Portarias, que dá benefícios em dinheiro a porteiros e zeladores que indiquem para a empresa apartamentos à venda. O programa já contemplou 1,8 mil pessoas desde 2018, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro – segunda cidade de atuação da Loft. A iniciativa paga R$ 600 por indicação de apartamento que vira publicação em sua plataforma de compra e venda. Mais de 90% dos recursos foram distribuídos em São Paulo, onde as indicações são válidas nos 110 bairros em que a startup atua. Já no Rio de Janeiro, as indicações são apenas para imóveis na zona sul – foco de operação da Lof na cidade. No Rio, os primeiros cheques acabam de ser distribuídos.

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FCA e ConectCar anunciam parceria em conectividade

A ConectCar, empresa de meio de pagamento automático, acaba de se unir à rede de inovação liderada pela Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para o desenvolvimento de uma plataforma de mobilidade conectada, segura e fluida. A solução tem como propósito gerar impacto positivo na jornada de mobilidade do usuário dentro do carro e já conta com as parcerias da FCA com Visa e McDonald’s no Brasil. “É fundamental entendermos o carro como uma plataforma digital. Mais do que levar do ponto A para o ponto B, o veículo é um ponto de convergência na jornada de mobilidade, na medida em que conecta diferentes soluções que irão melhorar significativamente a experiência do consumidor”, afirma Breno Kamei, diretor de portfólio, pesquisa e inteligência competitiva da FCA para a América Latina. A parceria é anunciada em um momento onde os hábitos de consumo se transformaram e novos padrões de higiene foram definidos para garantir maior preservação da saúde dos usuários. De acordo com Felix Cardamone, CEO da ConectCar, a empresa notou um aumento na busca por serviços de pagamento contactless diante do novo cenário, o que impulsiona o aprimorando do portfólio da companhia.

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AoCubo vende mais de R$ 80 milhões em imóveis durante a pandemia

Fundada em 2017, a AoCubo anunciou vendas de cerca de R$ 80 milhões em imóveis desde o início da pandemia até agora através da plataforma. A proptech conta com a ajuda de corretores especializados e futuros compradores previamente qualificados por um robô desenvolvido para separar os leads em categorias e momentos, como futuros compradores, pesquisadores e olheiros. O robô qualifica esses leads interessados que chegam até a plataforma através de indicação, anúncios e organicamente. Além disso, define, por meio de um algoritmo, quais os corretores qualificados para atender melhor cada cliente, de acordo com a pesquisa realizada, bairro, região, tamanho do imóvel, quantidade de cômodos e outros filtros. “Muito se fala da substituição dos profissionais de qualquer área e mais ainda dos corretores de imóveis. Não acreditamos nessa competição. O bot que desenvolvemos veio como um facilitador para os corretores e não como substituição. O robô trabalha como um assistente, foi criado para agilizar o acesso às informações oferecidas pelas incorporadoras e também pelos clientes que chegam até a plataforma”, explica Ronnie Sang, CEO do AoCubo. Atualmente, são aproximadamente 10 mil corretores cadastrados na plataforma e mais de 90 incorporadoras parceiras.

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Trademaster reverte queda do primeiro trimestre

A Trademaster, especializada em soluções financeiras e de crédito B2B, viveu momentos difíceis no primeiro semestre do ano, com a chegada a pandemia. Em abril, a fintech constatou uma retração de 47% no volume mensal de negócios, impactando negativamente a operação, que encolheu 64% neste período, com redução de 14% no quadro de colaboradores. A recuperação começou em maio. Até novembro, a empresa registrou 211% de crescimento no volume mensal de negócios e 456% na operação como um todo. O número de colaboradores aumentou 34%. Baseada em nuvem, a plataforma de meio de pagamento se comunica por um catálogo de APIs, integrada em tempo real com o sistema de gestão da empresa (ERPs) dos clientes para capturar as transações de venda sem alterar a operação comercial, utilizando tecnologias como inteligência artificial e machine learning. Desta forma, a fintech empoderou, só em novembro, o número recorde de 436 mil varejos por meio de acesso a crédito e prazos diferenciados junto às indústrias e distribuidores parceiros. “Independentemente do ramo de atividade, intermediamos as transações comerciais entre indústrias, distribuidores e varejo, permitindo que eles escolham o caminho de compra que melhor os atendam”, explica o fundador e CEO da Trademaster, Francisco Pereira. A startup já transacionou mais de R$ 6 bilhões na sua plataforma.

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ElaVence oferece crédito com condições especiais para empreendedoras

O ElaVence, plataforma idealizada pela investidora e Shark Tank Camila Farani que vai colocar, à disposição das empreendedoras brasileiras, grande parte de suas conexões no ecossistema para o desenvolvimento de lideranças femininas, anunciou o Crédito Pra Elas, uma linha de crédito com juros reduzidos. O programa foi desenvolvido em parceria com a fintech Parciom, com crédito de até R$ 50 mil com taxas de juros de 0,49% ao mês para usuárias de maquininhas de cartão de crédito e débito. Podem pleitear os recursos as microempreendedoras individuais (MEI) e micro e pequenas empresas com faturamento de até́ R$ 4,8 milhões em 2019. Mais informações e solicitação no site.

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RankMyAPP anuncia aquisição da Digital Influencers

Especialista em inteligência de marketing e aquisição mobile, a RankMyAPP, que desde 2018 vem crescendo 960% em receita, anunciou a aquisição da marca, do domínio e da base de dados da Digital Influencers, empresa especializada em marketing de influência digital. A compra foi realizada com o objetivo de acelerar o crescimento e a evolução do produto que a empresa já vinha desenvolvendo no setor desde 2019. Só no último ano, a RankMyAPP diz ter crescido 182%. “Esse segmento está crescendo, os criadores de conteúdo digital se tornaram mídia e os hábitos de consumo estão cada vez mais digitais. Acreditamos no potencial deste mercado e esse nosso movimento reflete essa aposta”, diz Leandro Scalise, CEO da RankMyAPP. O valor da operação não foi divulgado.

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Grupo Ser Educacional fecha contrato com a startup Edulabzz

Com projeto e planejamento de expansão, através de crescimento orgânico e de aquisições em âmbito nacional, o grupo Ser Educacional, um dos maiores conglomerados de educação do país, fechou uma parceria com a Edulabzz, um laboratório de inovação educacional que desenvolveu um conjunto de apps e plataformas educacionais batizado de Toolzz. A startup ficará responsável por fornecer o LMS (sistema de gestão da aprendizagem, em português) por trás da plataforma de cursos livres à distância, a GoKursos. O pacote do Toolzz contempla vários módulos, cada um dedicado a uma experiência. Há ferramentas para alunos, professores e gestores. Lucas Moraes, CEO da Edulabzz, diz que o objetivo da empresa é ser a “Microsoft da Educação” e que, além de concorrer com ferramentas de LMS e EAD, a meta é competir com gigantes do mercado de tecnologia como Google e Apple, que também já possuem pacotes de soluções para educação online