Startup que produz camarões plant-based arrecada US$ 18 milhões em rodada de investimentos

8 de janeiro de 2021
New Wave Foods/Divulgação

Após levantar US$ 18 milhões, New Wave Foods levará camarão vegetariano para restaurantes e lanchonetes

O camarão é o fruto do mar mais consumido nos Estados Unidos, mas uma startup liderada por mulheres está desenvolvendo uma alternativa vegana feita à base de feijão mungo e um ingrediente derivado de um tipo de alga.

A New Wave Foods anunciou ontem (6) que levantou US$ 18 milhões em uma rodada de série A, liderada pela Enterprise Associates and Evolution VC Partners. A rodada também inclui o braço de venture capital da Tyson Foods, a Tyson Ventures, que investiu pela primeira vez na empresa em 2019. E agora o mercado alternativo de frutos do mar está se popularizando.

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“Para nós, levantar US$ 18 milhões é um marco. Isso reforça nosso intuito de revolucionar um mercado avaliado em US$ 9 bilhões”, afirma Mary McGovern, CEO da New Wave. Em um primeiro momento, a empresa está presente em locais com serviços alimentícios e esse ano pretende expandir para lanchonetes e restaurantes.

Recentemente, startups como a Good Catch e a Finless Foods também receberam aportes, mas a New Wave é a principal empresa focada em camarões. Esse foi o foco desde o início. Foi fundada em 2015, momento em que os alimentos vegetarianos estavam se popularizando, quando Michelle Wolf –com formação em ciência de materiais e engenharia biomédica– conheceu a oceanógrafa Dominique Barnes. Juntas, identificaram problemas de sustentabilidade nas cadeias de fornecimento de frutos do mar e combinaram suas especialidades para gerar impacto positivo e capitalizar em uma brecha do mercado.

“Essa foi uma das razões pela qual eu comecei esse projeto, porque eu percebia o interesse das pessoas na Impossible and Beyond Meat, mas ninguém olhava para os frutos do mar,” disse Wolf, que é CTO e membro da lista Forbes 30 Under 30 2021.

Shrimp’s unique texture and “snap,” however, are particular—and not easy to recreate. It took five years and $8 million for New Wave to engineer the product’s formula, working with a certified master chef from the Culinary Institute of America. Eventually, seaweed-derived ingredients, married with a functional protein, created the product New Wave is launching, one that is not without its secrets.

A textura e crocância únicas do camarão são difíceis de serem reproduzidas. A New Wave levou cinco anos e US$ 8 milhões para desenvolver uma fórmula do produto, trabalhando com um chef certificado pelo Culinary Institute of America. Os ingredientes derivados de algas marinhas junto a proteínas funcionais criaram o produto que será lançado pela New Wave, que tem seus segredos, claro.

“Nós protegemos a fórmula como se fosse a Coca Cola”, diz McGovern. “Os ingredientes são misturados em um local e levados para as áreas de produção para que ninguém do setor produtivo tenha acesso à fórmula completa.”

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A nova rodada de financiamentos ajudará a New Wave a aumentar sua produção e alcançar novos estabelecimentos com um produto completamente novo. É um passo estratégico para a startup que afirma que 80% dos camarões são consumidos nos serviços de comida. A empresa também está trabalhando em versões empanadas e ao molho. A New Wave ainda não tem planos de iniciar vendas de produtos online.

As vendas globais de produtos alternativos aos frutos do mar ainda representam uma pequena fração do setor plant-based. Segundo o Good Food Institute, as vendas anuais totais do segmento nos Estados Unidos são de apenas US$ 10 milhões, frente ao mercado bilionário de alternativas para carne vermelha. Ainda assim, a busca por alimentos veganos, que aumentou significativamente durante a pandemia, deve continuar se expandindo ao passo que os consumidores começam a se interessar mais pelos produtos. Essa é uma tendência na qual a startup aposta e espera expandir suas opções de produtos para outras alternativas.

“É difícil que algumas coisas voltem a ser como antes”, disse Liza Landman, general partner da New Enterprise Associates General, que será parte do board da empresa para a próxima rodada de financiamentos. “Eu não acho que os consumidores vão simplesmente voltar a comer carne seis vezes na semana”, completa.

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