“Enquanto mergulhamos em 2021, muitos de nós ainda tentam processar o que vivemos recentemente: o ataque devastador ao Capitólio dos Estados Unidos, uma epidemia global, eleições polêmicas e desastres naturais, como os incêndios na Austrália e Califórnia. Ainda que tarde, nos unimos para exigir justiça racial, lembrando que os efeitos do racismo sistêmico ainda são percebidos diariamente em todo o mundo”, disse a executiva, lembrando que a plataforma ajudou a reunir as pessoas – mesmo à distância. “Vimos artistas alcançarem seus fãs ao fazerem do YouTube um palco virtual. Miley Cyrus, The Roots e Sebastian Yatra se reuniram na iniciativa Save Our Stages, um festival de música online que arrecadou US$ 1,8 milhão para apoiar espaços musicais independentes afetados pelo fechamento dos estádios e casas de shows no mundo todo.
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MONETIZAÇÃO PARA OS CRIADORES
A carta continua explicando sua primeira prioridade: aumentar as fontes de receita dos criadores de conteúdo. Segundo a executiva, o YouTube repassou US$ 30 bilhões a criadores, artistas e empresas de mídia nos últimos três anos. Um relatório da Oxford Economics revelou que, em 2019, o ecossistema criativo da plataforma contribuiu com aproximadamente US$ 16 bilhões para o PIB norte-americano, apoiando o equivalente a 345.000 empregos de tempo integral.
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Já sobre fontes adicionais de receitas, Susan explicou que os serviços de assinatura Music e Premium têm crescido rapidamente, alcançando mais de 30 milhões de membros pagos no terceiro trimestre do ano passado. “Os criadores de conteúdo e artistas estão encontrando novas maneiras de se conectar com o seu público-alvo e diversificar a receita. No ano passado, o número de canais que têm grande parte de sua receita gerada pelo Super Chat, Super Sticker ou Clube de Canais triplicou”, explicou, usando como exemplo a indiana Rachana Ranade, que tem um canal para ensinar educação financeira. Ela ativou o Clube de Canais em 2020 e, atualmente, fatura mais de US$ 100 mil.
“Este ano, começaremos a pedir que os criadores de conteúdo nos EUA informem, de forma voluntária, gênero, orientação sexual, raça e etnia. Essas informações vão nos ajudar a identificar falhas potenciais nos nossos sistemas que podem impactar as chances dessas pessoas de alcançar todo o seu potencial. Ao coletarmos esses dados, poderemos analisar melhor como o conteúdo de diferentes comunidades é representado nos nossos mecanismos de pesquisa, descoberta e monetização. Essa iniciativa beneficiará toda a comunidade do YouTube, e agradecemos a parceria das comunidades de criadores de conteúdo negros, LGBTQ+ e latinos que compartilharam conosco as perspectivas deles para tornar o YouTube um espaço melhor para todos”, disse a executiva.
RESPONSABILIDADES E NOVAS HABILIDADES
A executiva citou, ainda, a intensificação do trabalho para que as pessoas aprendam novas habilidades. “Estamos apoiando criadores de conteúdo que possibilitam oportunidades econômicas ensinando habilidades do século 21, como programação, negócios e idiomas”, escreveu. “Estamos definindo uma nova meta: duplicar o número de usuários que interagem com conteúdo educacional no YouTube. Queremos ajudar mais pessoas a se conectarem com vídeos que os coloquem em um caminho de satisfação pessoal e oportunidades econômicas.” Segundo ela, no ano passado 77% dos participantes de um estudo da Ipsos informaram ter usado o YouTube para aprender uma nova habilidade.
NOVOS RECURSOS
Susan Wojcicki revelou, ainda, os próximos passos no que diz respeito a novos recursos da plataforma. Um deles é a criação de conteúdo para dispositivos móveis. “Mais pessoas estão criando conteúdo usando smartphones, por isso, estamos investindo para oferecer aos criadores de conteúdo mais ferramentas de edição de vídeo. Estamos realizando testes Beta do YouTube Shorts na Índia e ficaremos felizes em diminuir as barreiras para que as pessoas possam contar suas histórias. Até agora, os vídeos no novo player Shorts (que ajuda pessoas em todo o mundo a assistirem vídeos curtos no YouTube) estão recebendo 3,5 bilhões de visualizações diariamente. Pretendemos expandi-lo para mais mercados este ano”, contou.
Susan também garantiu estar atenta à tendência dos espectadores de assistir aos conteúdos em telas cada vez maiores e melhores. “Na verdade, a TV foi a nossa tela de maior crescimento em 2020. Por isso, temos trabalhado para melhorar a aparência e o desempenho do app Living Room. E estamos possibilitando que os anunciantes alcancem mais consumidores e com mais facilidade onde eles estiverem assistindo. Continuaremos oferecendo o YouTube a mais dispositivos TV e tornaremos a navegação por voz ainda melhor, tudo isso para oferecer aos espectadores a experiência que eles desejam cada vez mais. Há muito mais oportunidades para continuarmos melhorando o produto para criadores, anunciantes e usuários.”
REGULAMENTAÇÃO
A executiva finalizou a mensagem garantindo que dará continuidade às parcerias com os governos em questões importantes. “Ano passado, essas parcerias foram incrivelmente úteis, porque trabalhamos juntos para ajudar a fornecer às pessoas informações precisas durante a pandemia. E manteremos esse fluxo com os legisladores em questões que impactam nossos negócios e a força de trabalho, como imigração, educação, infraestrutura e cuidados com a saúde”, disse.
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