Daniel Calarco, de 23 anos, que cresceu na Favela do Vintém e na Vila Aliança, em Bangu, no Rio de Janeiro, será anunciado oficialmente hoje (23) como o primeiro brasileiro a participar da iniciativa – no ano passado, os escolhidos eram da Argentina, Bangladesh, Zimbábue e Mali. “Desde muito novo, senti na pele os vários problemas sociais comuns a tantos outros jovens. Sempre fui questionador e comecei a sonhar como um ato de rebeldia”, afirma.
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Criada em 2015, o Observatório atua estrategicamente por meio de advocacy e projetos para contribuir positivamente para o desenvolvimento e inovação, além proteção da igualdade e dos direitos humanos. “Eu entendi que existiam outras maneiras de se construir uma sociedade onde o medo, a insegurança e injustiça não fossem tão constantes”, considera.
Graças a essa iniciativa, o jovem foi escolhido para o programa da multinacional coreana. “Tradicionalmente, a juventude é vítima de uma situação na qual ela é considerada parte do problema, e nunca da solução. Uma iniciativa como essa começa a escrever novas narrativas sobre o que é ser jovem e o papel que temos no desenvolvimento sócio-econômico do nosso país. Programas como esse, que entendem que não existe a construção do desenvolvimento sustentável sem a juventude, são essenciais para a gente mudar cenários”, diz ele, que acabou de ser convidado para assumir a gerência de desenvolvimento e inovação social da prefeitura do Rio de Janeiro.
Para Mario Laffitte, vice-presidente de relações institucionais da Samsung América Latina, a iniciativa é uma forma de, por meio de pessoas relevantes e lideranças em suas comunidades, aumentar o engajamento dos jovens com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Esses jovens inspiradores recebem apoio tecnológico para ampliar a visibilidade dessas metas. Enxergamos a tecnologia e a inovação como elementos que possibilitam a transformação da sociedade, e com escala”, afirma.
Além do brasileiro, a segunda edição do Generation 17 conta também com jovens do Líbano, da Ucrânia e Coreia do Sul. “Nunca foi tão importante catalisar vozes de pessoas que representam novas visões e realidades. É uma responsabilidade muito grande. A gente tem uma potência de usar a tecnologia em nosso favor para a agenda 2030”, afirma Calarco.
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