Segundo um recente relatório da empresa de inovação abertaDistrito, esse novo ritmo de transformação está sendo absorvido de forma mais orgânica por empreendedores de startups que precisam se renovar a todo momento. Outra consequência do cenário atual é a abertura de executivos de empresas grandes para incorporar esse comportamento mais líquido.
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O relatório dividiu as empresas em quatro categorias, com proporções bem equilibradas entre elas: advertising and promotion, com 27,65% das empresas (ou 201 representantes); commerce and sales, com 25,86% (188); social and relationships, com 25,72% (187) e content and experience, com 20,77% (151). Das 727 startups analisadas, a grande maioria, 48,97%, está em São Paulo, estado seguido por Minas Gerais (11,83%) e Santa Catarina (8,53%).
Em 2020, cerca de US$ 200 milhões foram investidos em startups do setor em 30 rodadas, volume semelhante ao de 2019. Apenas uma empresa foi responsável por metade desse montante: em outubro, a Take anunciou o recebimento de US$ 100 milhões, na maior Series A da história do mercado brasileiro. Das três dezenas de operações, 27 envolveram startups ainda em estágio inicial (anjo, pré-seed, seed e series).
O documento também constatou que, ao longo do ano, 22 fusões e aquisições de martechs foram realizadas – 83% mais do que em 2019. Segundo o documento, esse volume evidencia a necessidade que grandes players têm de contar com soluções capazes de entender e alcançar seus clientes de maneiras diferentes e mais eficazes. Entre os exemplos, estão a compra da InLoco Mediapelo Magalu, em agosto, por valor não divulgado, e da Etus pela Locaweb, por R$ 18,9 milhões, em setembro. No mesmo mês, a Locaweb comprou também a Social Miner por R$ 22,2 milhões.
David Lalum, Chief Strategy Officer da Distrito, arrisca três tendências do setor, que emprega 18.500 pessoas no país, para os próximos anos. Uma delas é o Social+. “O social potencializa tudo: crescimento exponencial, engajamento, lealdade/ retenção e proteção dos concorrentes. Veremos cada vez mais social commerce nos próximos meses e anos”, diz.
O executivo aponta, ainda, tecnologias como inteligência artificial, automação e linguagem natural como responsáveis por grande impacto na produção de conteúdo, pesquisa e mídia. “Estão chegando soluções de IA mais simples, incluindo IA non code, que vão democratizar o uso dessa tecnologia no dia a dia das empresas, assim como nos times de marketing.”
O levantamento da empresa de inovação aberta ainda apontou os prováveis unicórnios brasileiros no segmento nos próximos anos: Take, avaliada atualmente em US$ 667 milhões, Olist (US$ 288 milhões), Zenvia (US$ 270 milhões), RD Station (US$ 250 milhões), Pipefy (US$ 225 milhões), Neoway (US$ 225 milhões), Cortex (US$ 150 milhões) e Escale (US$ 111 milhões). As estimativas de valuations foram feitas a partir de informações do valor das últimas rodadas e as faixas estimadas de participação cedida por série do aporte.
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