Na última semana, fez um ano que a pandemia de Covid-19 virou nossas vidas de ponta cabeça. Tudo está diferente: o trabalho, a vida pessoal, a rotina como um todo. Enquanto alguns setores foram impactados negativamente, outros cresceram de forma exponencial em tempos de isolamento social. Mas o fato é que, se não fosse a tecnologia, nossa vida certamente estaria muito pior.
O comércio eletrônico, por exemplo, que nos permitiu comprar sem sair de casa, cresceu 83,68% em 2020 na comparação com 2019 segundo o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) em parceria com o Neotrust Movimento Compre & Confie. Só no segundo semestre do ano passado, 2,3 milhões de novos lares passaram a comprar online, de acordo com a mais recente edição do estudo “Consumer Insights”, produzido pela Kantar.
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Trabalhar de qualquer lugar também só foi possível graças a um arsenal tecnológico: computadores, acesso à internet, ferramentas de videoconferência, compartilhamento de arquivos na nuvem. Nunca foi tão simples nos conectarmos – ainda que à distância. A saúde, a educação e o entretenimento ganharam novas configurações, algo que só foi possível graças às plataformas que levaram o mundo físico para o ambiente digital.
Aproveitamos a data para perguntar, a seis executivos da indústria de inovação, como a tecnologia mudou suas vidas ao longo dos últimos 12 meses. Veja, a seguir, o que eles revelaram:
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Divulgação André Ferraz, fundador da Incognia
“Com o cenário da pandemia, acabei tendo um problema sério, que graças à tecnologia, consegui contornar. Pouco tempo antes da pandemia, que trouxe o isolamento social, mudei para os Estados Unidos e meu celular quebrou. Quando adquiri o novo aparelho e tentei entrar na conta do banco, o sistema antifraude me bloqueou. Isso me deu muita dor de cabeça, foram mais de quatro meses para tentar acessar a conta com meu próprio dinheiro. Isso por que não poderia ir fisicamente até a agência e, nem mesmo com uma declaração formal minha, o processo burocrático foi liberado. O que encontrei como alternativa foi abrir uma nova conta em um banco digital, e comecei a movimentar as transações por lá. Quando tive acesso à minha conta no outro branco, migrei de vez. Foi uma experiência que começou negativa e depois deu certo. Estou bem feliz com a conta digital, que é segura e de fácil acesso”.
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Divulgação André Siqueira, cofundador da RD Station
“O entretenimento foi preenchido por lives e por plataformas de assinatura de filmes e séries. A saudade dos amigos e família ficou menor com as chamadas em vídeo. Os cursos e eventos continuaram trazendo conhecimento em novas plataformas, a comida e o mercado chegaram por pedidos em aplicativos e as compras foram praticamente todas por e-commerce. A pandemia não tem sido fácil pra ninguém, mas não é difícil imaginar quão mais dura ela seria se não fosse o avanço tecnológico dos últimos anos.”
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Divulgação Dimitrius de Oliveira, presidente da Atento
“A pandemia em si mudou muita coisa, mas pensando no aspecto pessoal, tecnologicamente, a principal mudança foi a possibilidade de me reunir com familiares distantes e amigos usando videoconferência. Tínhamos essa tecnologia nas mãos antes da pandemia, mas não era tão amplamente usada. Isso me ajudou a me sentir mais conectado e me permitiu aprender mais, mais rápido, e estar muito mais próximo das pessoas, tanto pessoal como profissionalmente. Também ampliou a minha busca por novos conhecimentos, com a possibilidade da educação a distância e acesso a conteúdos que antes eram mais restritos.”
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Divulgação Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para América do Sul
“Acredito que a pandemia fez acelerar uma série de medidas e ações de digitalização que já estavam sendo encaminhadas – algumas empresas um pouco mais avançadas que outras. Para as companhias que estavam preparadas, a tecnologia permitiu que seguissem operando mesmo diante de tantos desafios. Na Schneider, com a jornada de transformação digital bem estruturada e implementada, quando optamos pelo home office logo no início da pandemia, 95% do time passou a trabalhar de casa com infraestrutura de comunicação com segurança já na segunda semana. Além disso, a conectividade com clientes e parceiros não foi afetada. Nesse período, pudemos ampliar nosso apoio aos clientes e parceiros na adoção de tecnologias. Adaptamos todas as nossas operações para mantermos o funcionamento e a segurança dos nossos colaboradores e, assim, continuamos auxiliando clientes que prestam serviços fundamentais, como data centers para hospitais e cadeia alimentícia. Desse modo, acredito que a tecnologia foi essencial para enfrentarmos os últimos meses e para continuarmos projetando um futuro melhor.”
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Divulgação Rodrigo Galvão, presidente da Oracle Brasil
“A pandemia nos trouxe a oportunidade de vermos o mundo com um novo olhar. Antes, não percebíamos e, até mesmo, não dávamos valor às coisas importantes. Esse momento também nos deu o outro lado da história: ela nos fez notar que a tecnologia realmente fazia e faz parte das nossas vidas. Mesmo sem podermos estar juntos, sem sair de nossas casas, foi possível ter um novo estilo de trabalho e de conexão. A partir daí, começamos um processo de ressignificação de valores e atitudes. Ganhamos mais tempo para nos reinventarmos. Aqui entra o benefício dos tempos atuais. A tecnologia realmente passou a ser o grande habilitador e, como sempre digo, ela não é o começo e o fim – é o meio. Diversas empresas mudaram radicalmente seus negócios para o mundo digital e se transformaram em meses, quando levariam anos. O momento é difícil, mas acredito que há um lado positivo. Vamos sair mais fortes e com muito mais foco no ser humano.”
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Um ano de pandemia: como a tecnologia impactou a vida de seis executivos da indústria de inovação Tatiana Pimenta, fundadora da Vittude
“A tecnologia foi responsável por me ajudar a manter a saúde e bem-estar. Passei a usar aplicativos como Meditopia e Freeletics para meditar e me exercitar dentro de casa. Também fiz sessões de terapia online, permitidas por conta do streaming de vídeo. No ambiente de trabalho, todo processo de recrutamento e seleção de pessoas passou a ser feito de forma remota. O streaming passou a ser usado não somente em entrevistas, como em reuniões com times e com os clientes. Contratos foram 100% assinados digitalmente, sem a necessidade de viagens ou encontros presenciais. Ao mesmo tempo, a tecnologia e a hiperconexão nos abarrotou de notícias, causando uma certa exaustão e, por vezes, até um esgotamento emocional. Precisei me desconectar um pouco das redes sociais e selecionar notícias para gerenciar o estresse. Eu diria que este um ano de pandemia foi um período de reinvenção, onde muita coisa precisou ser aprendida e absorvida de forma muito rápida.”
André Ferraz, fundador da Incognia
“Com o cenário da pandemia, acabei tendo um problema sério, que graças à tecnologia, consegui contornar. Pouco tempo antes da pandemia, que trouxe o isolamento social, mudei para os Estados Unidos e meu celular quebrou. Quando adquiri o novo aparelho e tentei entrar na conta do banco, o sistema antifraude me bloqueou. Isso me deu muita dor de cabeça, foram mais de quatro meses para tentar acessar a conta com meu próprio dinheiro. Isso por que não poderia ir fisicamente até a agência e, nem mesmo com uma declaração formal minha, o processo burocrático foi liberado. O que encontrei como alternativa foi abrir uma nova conta em um banco digital, e comecei a movimentar as transações por lá. Quando tive acesso à minha conta no outro branco, migrei de vez. Foi uma experiência que começou negativa e depois deu certo. Estou bem feliz com a conta digital, que é segura e de fácil acesso”.
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