Uma parte inicial do aporte, cerca de US$ 53 milhões (R$ 265 milhões), foi realizado por mais de 300 investidores, incluindo instituições e famílias italianas – como, por exemplo, os Rouvati, que estão na lista de bilionários da Forbes por conta de seus empreendimentos no setor farmacêutico. O restante será levantado nos próximos dez meses. A nova rodada ocorre cinco anos após a primeira, em 2016, quando a proptech levantou US$ 150 milhões (R$ 750 milhões, na cotação atual).
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MAIS CIDADES INTELIGENTES
Com sede no Reino Unido, a Planet Smart City possui escritórios em mais outros quatro países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Índia e Itália. Ao todo, a proptech possui sete cidades inteligentes distribuídas pelo mundo, sendo três em terras brasileiras, com forte presença no Nordeste. Dois projetos estão no estado do Ceará, nas cidades de Aquiraz e Laguna, enquanto o terceiro fica no estado do Rio Grande do Norte, na capital Natal.
A injeção de recursos, aliada à boa saúde financeira da companhia, deve aumentar o número de lançamentos nos próximos anos. “Aqui no Brasil, prevemos lançar um em Camaçari (BA) até o final do ano e mais projetos verticais em São Paulo (SP)”, afirma a cofundadora e CEO da Planet Smart City no Brasil, Susanna Marchionni, em entrevista exclusiva à Forbes. “Em 2022, queremos lançar entre cinco e seis empreendimentos somente por aqui.” A expectativa é de que, até 2023, a companhia tenha 30 novos empreendimentos em seu portfólio global.
Susanna diz que o Brasil se tornou um mercado de sucesso para a empresa, não só com os seus projetos no Nordeste, mas também com a construção e venda de apartamentos inteligentes em São Paulo (SP). “Eu sempre fico muito orgulhosa em dizer que os nossos empreendimentos aqui são sempre um sucesso de vendas”, afirma. “Nós já temos vários moradores experimentando nossas soluções, incluindo mais de 2.500 apartamentos na Freguesia do Ó [bairro da capital paulista].” A perspectiva é de que, até o fim de 2021, mais um condomínio inteligente seja lançado em Itaquera, na zona leste paulistana.
DE OLHO NA NASDAQ
Com o aporte e os futuros lançamentos, Susanna conta que o grande objetivo da companhia é abrir capital na Nasdaq até o final de 2023. “Queremos avançar com os lançamentos não só no Brasil, mas no mundo todo, para chegarmos preparados e com um bom track record [histórico financeiro e contábil]”, afirma. “O valor que captamos, de US$ 200 milhões, é justamente para realizarmos todos esses projetos e alcançarmos essa meta nos próximos dois anos.”
A estratégia para atingir o histórico financeiro almejado é diversificar os locais que vão sediar os empreendimentos até 2023. “É muito importante ter projetos em todos os países em que atuamos porque, assim, conseguimos compartilhar e balancear o risco”, diz a executiva. “Se há um problema econômico em alguma região, ou dificuldades com câmbio, você consegue compensar com o resultado dos outros países, trazendo menor risco para os nossos investidores.” A saúde financeira da empresa, segundo ela, depende dessa atuação mais global.
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