O caminhão, voltado a entregas urbanas e chamado de e-Delivey, tem packs de bateria importados da chinesa CATL pela nacional Moura, motor da brasileira WEG e componentes para recarregamento da alemã Siemens.
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“Estamos dimensionando a fábrica para 1.000 a 3.000 unidades por ano”, disse o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, uma unidade do grupo Traton, Roberto Cortes.
Desse volume, a Ambev deve ficar com 100 unidades neste ano, de um total de 1.600 caminhões elétricos encomendados até 2023. O veículo tem autonomia para 200 quilômetros com uma carga e pode ser recarragado totalmente em 3 horas, ou 30% em 15 minutos, disse o executivo.
Como comparação, a capacidade de produção da versão diesel do e-Delivery é de cerca de 15 mil unidades por ano. Os veículos são fabricados em Resende (RJ), onde fica o complexo fabril da companhia e de parceiros de produção.
Segundo Cortes, apenas o preço da bateria entregue em Resende já é maior que o preço da versão diesel do e-Delivery. O caminhão elétrico em si custa 2,5 a 2,9 vezes mais que o modelo a combustão, dependendo da variação do dólar.
O lançamento comercial do veículo ocorre em julho, quando a Volkswagen Caminhões e Ônibus deve divulgar novos clientes do caminhão elétrico, disse Cortes. Questionado sobre novos modelos elétricos, o executivo afirmou que o próximo deve ser um ônibus de transporte urbano, ainda sem data para ser lançado.
O e-Delivery vem no momento em que a indústria global tem enfrentado grave escassez de chips para veículos. Na sexta-feira (11), a Volkswagen anunciou suspensão por 10 dias da fabricação de veículos em duas unidades de São Paulo e outra no Paraná, devido à falta de chips.
Cortes afirmou que em ambos os casos o lançamento do e-Delivery deve ser pouco impactado diante do relativamente baixo volume de entregas, por enquanto.
“A tendência é que veículos elétricos urbanos têm tudo para terem uma procura bastante grande”, disse o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “A medida que tivermos (uma eventual) nacionalização da bateria ele vai começar a fazer sentido. Hoje estamos em 30 países com exportações e não tem motivo para (o e-Delivery) não ser exportado”, acrescentou. (Com Reuters)
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