O empresário norte-americano deve fazer parte da tripulação de quatro pessoas que fará um voo de 11 minutos na beira do espaço na próxima terça-feira (20) dentro da aeronave New Shepard, da Blue Origin, marca do nascente e potencialmente lucrativo setor do turismo espacial.
A New Shepard é uma cápsula e foguete completamente autônoma com 18,3 metros de altura que não pode ser pilotada do lado de dentro. A tripulação incluirá apenas civis e nenhum funcionário ou astronauta da Blue Origin, disseram três pessoas com conhecimento dos planos da empresa à “Reuters”.
Nunca houve um voo suborbital ou orbital completamente autônomo com uma tripulação formada apenas por civis, afirmou o analista da indústria espacial Marco Cáceres, do Teal Group.
Branson, empresário britânico bilionário, esteve a bordo do foguete da Virgin Galactic em seu pioneiro voo suborbital, no Novo México no domingo. O voo da Virgin Galactic incluiu dois pilotos, assim como o instrutor-chefe de astronautas da empresa e seu principal engenheiro.
A SpaceX, empresa de transporta espacial do empresário bilionário Elon Musk, planeja uma missão ainda mais ambiciosa para setembro, enviando uma tripulação apenas com civis para um voo orbital de vários dias a bordo da cápsula Crew Dragon.
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O voo da Blue Origin é um projeto de duas décadas. Bezos fundou a empresa em 2000. Uma nave sem piloto foi uma estratégia financeira adotada pelos executivos da Blue Origin anos atrás.
“É uma matemática simples”, afirmou uma das pessoas com conhecimento dos planos da empresa. “Se você projetar um sistema em que não precisa de piloto e co-piloto, pode ter mais clientes pagantes”.
A decisão de deixar de lado astronautas e especialistas técnicos da Blue Origin causou frustração a alguns insiders da empresa que viam o primeiro voo tripulado como uma oportunidade crucial para reunir dados e informações técnicas para um programa ainda em sua infância, e para avaliar a experiência para futuros clientes pagantes, afirmaram as fontes.
Algumas fontes da indústria estão preocupadas que os passageiros –sobrecarregados pela experiência ou em estado de euforia– podem ser abalados por barulhos rotineiros, perder instruções chaves, desamarrar ou se machucar flutuando ao redor da cabine, cenários potencialmente perigosos aos quais um astronauta treinado saberia reagir.
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Funk, de 82 anos, foi uma das 13 mulheres que passaram pelos mesmos testes rigorosos que os astronautas masculinos da Mercury Seven no programa espacial da Nasa nos anos 1960, mas não puderam virar astronautas por causa do seu gênero. (Com Reuters)
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