“Temos algumas conversas em andamento e esperamos anunciar ainda neste ano a nossa próxima rodada de investimento”, afirmou à Reuters, estimando que o novo aporte deve ser da ordem de R$ 250 milhões.
No ano passado, a empresa levantou R$ 110 milhões em uma rodada liderada pelo Kaszek Ventures, com participação dos fundos Bewater Ventures e Kevin Efrusy.
Quanto à abertura de capital, Liuzzi disse que a fintech já tem tamanho para se tornar uma empresa listada em bolsa, mas que essa possibilidade ainda não está sendo considerada para o curto prazo, embora trabalhe com planejamento para estar pronta para um IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês).
A plataforma tem os bancos entre seus principais concorrentes, mas também competidores como o unicórnio britânico Wise, que foi avaliado neste mês em 7,95 bilhões de libras (US$ 11 bilhões) em sua estreia na Bolsa de Valores de Londres.
No caso da Remessa Online, potenciais novos recursos devem reforçar a expansão acelerada da fintech, que no primeiro trimestre registrou um salto de 130% nas receitas totais frente ao mesmo período do ano anterior e quer fechar 2021 com uma alta de 150% ante 2020.
“Esperamos transacionar mais de R$ 14 bilhões apenas em 2021”, afirmou o executivo, também cofundador da plataforma, o que representaria um salto frente aos R$ 6 bilhões de 2020.
Dependendo do país de origem, a Remessa Online consegue concluir uma transferência em até 2 horas e há casos particulares em que isso é feito em minutos. A taxa de câmbio comercial é usada como referência, com um spread adicional, que pode variar conforme o volume e a natureza da operação.
A plataforma afirma que não opera com criptomoedas atualmente. “Aguardamos pela regulamentação das operações no Brasil”, explicou Liuzzi.
Segmento de startups
Na esteira desse desempenho, a empresa quer crescer também no chamado “middle market” (mercado médio, em tradução livre) e no segmento de startups.
No ano passado, segundo Liuzzi, a plataforma passou a atuar fortemente na oferta de envios e recebimentos de valores a pequenas e médias empresas, produtores de conteúdo na internet e profissionais de tecnologia, que trabalham em home office para empresas no exterior.
O executivo estimou que o segmento formado por pessoas jurídicas – startups e pequenas e médias empresas em geral – representará metade do volume de negócios realizados na plataforma no final deste ano. Apenas o segmento de startups movimentou mais de 630 milhões de reais no início de 2021.
“O mercado de startups no Brasil está muito aquecido e os investidores internacionais têm colocado muito dinheiro nessas empresas. Nosso objetivo é oferecer uma solução completa que ajude a startup a se internacionalizar para acessar fundos de venture capital em qualquer lugar do mundo.”
Entre as operações mais recentes envolvendo aportes em fintechs brasileiras, o Nubank levantou US$ 750 milhões, em rodada liderada pela Berkshire Hathaway, enquanto a Advent investiu US$ 430 milhões na Ebanx. (com Reuters)
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