InstaCarro, de compra e venda de automóveis usados, levanta R$ 115 milhões em rodada série B

4 de agosto de 2021
Divulgação

O cofundador e CEO da InstaCarro, Luca Cafici, enxerga uma mudança de comportamento no consumidor pós-pandemia: “Com as fábricas paradas e a falta de componentes, por causa da pandemia, as pessoas passaram a mirar os usados ou seminovos”

A startup InstaCarro, de compra e venda online de carros usados ou seminovos, quer aproveitar que o consumidor está mais propenso a adquirir automóveis via meios digitais e intensificar o seu investimento em tecnologia. A nova visão da companhia, alterada pela pandemia de Covid-19, vem junto com uma injeção de recursos feita por investidores, que aportaram R$ 115 milhões na empresa, em uma rodada série B, conforme anúncio realizado hoje (4).

Liderada pelos fundos norte-americanos J Ventures, FJ Labs e Rise Capital, a rodada também foi acompanhada pelas instituições de capital de risco espanholas All Iron Ventures e Big Sur. O último investimento recebido pela InstaCarro foi em 2017, quando a empresa levantou US$ 22,5 milhões na série A, que foi estendida no ano seguinte com o complemento de mais US$ 7,5 milhões, de acordo com o banco de dados Crunchbase. À época, o plano da startup era utilizar os recursos para melhorias na plataforma e expansão do negócio.

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Pouco mais de três anos depois, os planos da companhia permanecem focados na melhoria de sua tecnologia de compra e venda de carros, mas com um olhar mais voltado para as novas necessidades dos consumidores, completamente alterada pela crise sanitária. “Nossa ideia era expandir o número de pontos físicos de venda e inspeção, mas com a crise tivemos de mudar a estratégia”, afirma o CEO da InstaCarro e Forbes Under 30 da edição 2017 Luca Cafici. “Desenvolvemos toda uma operação de atendimento na casa do cliente. Nós vamos até lá, tiramos fotos do veículo, inspecionamos e enviamos o guincho para retirá-lo.”

Com esse novo canal de contato, a InstaCarro agora vai investir em tecnologia para que o processo de compra e venda possa ser 100% digital. “Toda essa operação remota requer um investimento em produtos de tecnologia porque, antes da pandemia, esse processo era no ‘tête-à-tête’, e a comunicação com o cliente era mais fácil”, afirma Cafici. “Toda essa experiência digital receberá parte do nosso investimento.” No entanto, as lojas físicas, que representam a outra metade da operação da startup, também terão atenção após a série B.

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A perspectiva é de que a companhia faça uma expansão agressiva para outras cidades do Brasil. Desde 2015, quando foi fundada, a InstaCarro atua exclusivamente em São Paulo (SP), mas deve chegar a mais oito metrópoles brasileiras até o final deste ano: Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Santos (SP), Campinas (SP), Brasília (DF) e Joinville (SC). “Queremos replicar o modelo de sucesso de São Paulo no resto do país. Lógico, o Brasil é heterogêneo, algumas adaptações serão necessárias, mas o foco sempre será em oferecer a melhor experiência para o cliente”, diz o executivo.

A maior cobertura geográfica até o final do ano e a ampliação dos canais de venda e atendimento servirão, segundo Cafici, para aproveitar os ventos favoráveis no setor em que a InstaCarro atua. “É até louco pensar que os preços dos carros usados ou seminovos estão aumentando. Geralmente, sempre tem uma depreciação”, afirma. “Com as fábricas paradas e a falta de componentes, por causa da pandemia, não tem tantos automóveis novos para comprar, e as pessoas passaram a mirar os usados ou seminovos.”

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