Apesar dos maus exemplos terem, de alguma forma, popularizado a tecnologia, é possível ver o lado bom da deepfake, o conceito consiste em uma junção de técnicas que sintetiza imagens e sons por meio de inteligência artificial. A tecnologia se popularizou após uma série de vídeos de personalidades e políticos com vozes e falas reconstruídas viralizarem na internet. Bruno Sartori, jornalista e humorista, foi um dos pioneiros no uso de deepfake no Brasil. Há anos envolvido com a técnica, ele explica que ela pode ser útil para o negócio, entretenimento e até mesmo para a saúde.
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Sobre o impacto positivo da tecnologia, Bruno explica que a técnica já é aplicada no setor de saúde, por exemplo, para analisar imagens e detectar diferentes tipos de câncer em uma tomografia computadorizada. “Além disso, a indústria do entretenimento, em um futuro não tão distante, deverá transportar seus usuários para dentro de suas produções. Iremos assistir nossas novelas, filmes e seriados de qualquer serviço de streaming com a família e amigos atuando nesses conteúdos no lugar dos tradicionais atores. Isso com o envio de uma simples foto”, explica.
Haverá, segundo Bruno, um impacto também na comunicação. “A língua deixará de ser uma barreira entre pessoas de qualquer nacionalidade em chamadas virtuais. Será possível conversar com qualquer pessoa do mundo, em tempo real, falando seu idioma nativo”, afirma. Atualmente, a empresa de Bruno desenvolve uma tecnologia para realizar sincronia labial em vídeos, por exemplo. “Com ela, poderemos ajustar a dublagem ao que é visto em cena, tirando o desconforto que normalmente algumas pessoas sentem ao assistir esse tipo de conteúdo e, também, facilitar a leitura labial realizada por surdos. Em paralelo, atendo empresas que desejam utilizar a tecnologia para produzir conteúdos inovadores.”
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