A perda contrastou com o ano anterior, quando o SoftBank apresentou um lucro recorde, colocando a estratégia do fundador e presidente-executivo Masayoshi Son de se concentrar fortemente em ações mais arriscadas e de alto crescimento sob escrutínio.
“Com o mundo em desordem, o SoftBank deve jogar na defesa”, disse Son após o anúncio de resultados, prometendo reforçar a posição de caixa do grupo por meio da monetização de ativos e apertar os critérios de investimento.
Enquanto 20 empresas do portfólio levantaram fundos com avaliações mais altas no trimestre, o SoftBank também reduziu alguns de seus ativos não listados, em setores como consumidor, fintech e transporte, contribuindo para a perda recorde.
O SoftBank provavelmente investirá metade ou até um quarto do que no ano passado, disse Son, como parte de uma promessa de manter a relação empréstimo/valor do grupo, que era de 20,4% no final de março, abaixo de 25%.
As ações do próprio SoftBank caíram mais da metade em relação às altas de março de 2021. O prejuízo líquido anual do grupo foi de 1,7 trilhão de ienes (US$ 13,15 bilhões). Os ativos da unidade Vision Fund, incluindo os fundos latino-americanos, valiam US$ 175,6 bilhões no fim de março.
A unidade é parte do esforço para diversificar o portfólio do SoftBank além da empresa de comércio eletrônico Alibaba, cujas ações caíram mais de dois terços.