“Com os nossos serviços, o empreendedor pode focar os esforços no que é o coração do negócio dele”, afirma Jorge Vargas Neto, fundador e CEO da BHub. “Ele pode delegar todas as funções que não sejam core.” Outro benefício é gastar menos. “Acumuladamente, já geramos uma economia de R$ 42 milhões para os clientes.”
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Todos os indicadores do cliente ficam em uma plataforma que gera insights sobre o negócio. “Gostamos de pensar que estamos construindo para o mercado de backoffice o que a Amazon Web Services fez com o de tecnologia. Antes, era extremamente custoso ter todo o aparato para uma empresa de tecnologia e, a partir da AWS, esses custos e o time to market foram muito reduzidos.”
A ideia de montar a BHub surgiu da experiência de Jorge como empreendedor. Ele já tinha fundado a Biva, vendida para o PagSeguro, e a Zen Finance, vendida para o Rappi. Atuava no RappiBank, como diretor de produtos, quando leu um artigo sobre uma empresa americana chamada Pilot, que prestava serviços de backoffice com base em tecnologia e tinha acabado de se tornar um unicórnio. “Foi um clique pra mim”, diz o CEO da BHub. “Conversei com o fundador dessa empresa e fiz uma pesquisa em que entrevistei 314 empreendedores ou pessoas interessadas em empreendedorismo. Foi unânime que é muito difícil ter um negócio no Brasil, e todas essas dores de backoffice eram um lugar-comum.”
Jorge juntou-se a sócios da área de contabilidade, jurídica e de tecnologia para lançar a BHub com um espectro maior de atuação do que o da Pilot. “Resolva toda a dor de cabeça do seu administrativo, financeiro, contabilidade, DP e fiscal”, promete o site da empresa. Foi uma adaptação ao mercado brasileiro. “Quando eu fiz essas 314 entrevistas, ficou muito claro que a dor era mais do que só a contabilidade.”
Para dar conta, no time de cerca de 170 pessoas, cerca de 60 são engenheiros de software. “Esse esforço todo é bacana porque são barreiras de entrada que temos construído para outros que venham nos copiar. Eles vão ter que fazer tudo manual, passar por todos esse processo de discovery.”
*Reportagem publicada na edição 102, lançada em outubro de 2022