A definição de faixa salarial varia de acordo com cada modalidade e jogo. No caso dos ProPlayers, como são chamados os jogadores e jogadoras profissionais, os valores podem variar de R$ 2,5 mil a R$ 30 mil mensais para atletas de elite. Já para profissionais em ascensão, de R$ 1 mil a R$ 12 mil. Das modalidades que melhor pagam estão Counter Strike, League of Legends e Valorant. O levantamento foi feito por Felipe Funari, CEO da W7M Esports, com referências de outros levantamentos da indústria.
Leia mais: Brasil lidera investimentos, fusões e aquisições nos games e e-sports
Funari exemplifica que as funções associadas ao staff, em muitos casos, são mais desafiadoras do que aquelas diretamente ligadas ao competitivo. “Eu tenho mais facilidade em contratar um jogador do que um Social Media, pois é necessário um conhecimento de todo trabalho em si e, também, do cenário competitivo. Se é difícil para um narrador esportivo decorar os nomes dos jogadores de um time coreano ou croata no futebol, a equipe de conteúdo em e-sports precisa entender o cenário competitivo de diversos jogos, compreender a linguagem, persona e tom de voz para cada modalidade – além de concentrar isso apenas em poucos canais de comunicação”, conclui Funari.
“Os e-sports fazem parte de um braço da indústria gamer que tem crescido muito nos últimos anos. Junto com esse crescimento, vem a necessidade de robustez em estrutura corporativa, o que implica na demanda de mão de obra qualificada para diversos cargos executivos e operacionais, como atletas, equipe técnica e médica (fisioterapeuta, médico do esporte e psicólogo). Esse novo modelo viabiliza profissionais das mais diversas áreas a construírem um plano de carreira dentro de cada empresa, profissionalizando cada vez mais o cenário”, destaca Alexandre Kakavel, CEO da Los Grandes + Team One, equipe avaliada em R$ 134 milhões.
Leia mais: Criptogames, metaverso e e-sports: as novas economias do mundo gamer
Foco profissional e investimento na carreira
Para Ana Smidt, advogada especialista em e-sports do Custodio Lima Advogados, o último ano trouxe uma movimentação acima da média entre jogadores e jogadoras do cenário brasileiro. “O crescimento recente da indústria mostra o quanto os jogadores ganharam importância e como estas movimentações têm tido relevância no cenário competitivo. Ter um bom jogador, trazer os melhores para sua equipe, se tornou uma prioridade e tivemos disputas de atletas entre mais de uma organização, com multas que chegam a US$ 5 milhões e muitas reuniões que precisaram de acompanhamento direto de advogados para evoluírem.”
Leia mais: Maiores equipes de games do Brasil somam mais de 100 milhões de fãs
As principais funções e seus respectivos salários médios:
ProPlayer
Função competitiva e rosto da equipe.
R$5 mil a R$ 30 mil
Treinador
Responsável pelo treinamento das equipes.
R$ 4 mil a R$ 25 mil
Suporte de dados e estatísticas para as equipes.
R$ 3,5 mil a R$ 18 mil
Social Media
Coordena as redes sociais do time.
R$ 4 mil a R$ 12 mil
Designer
Criar e gerenciar artes de identidade visual.
R$ 4,5 mil a R$ 12 mil
Psicólogo
Suporte mental para as equipes e atletas.
R$ 2,5 mil a R$ 10 mil
Coordena o administrativo e operacional das equipes.
R$ 4,5 mil a R$ 17 mil