Os planos de Elon Musk com a X.AI Corp, sua nova empresa de IA
Luiz Gustavo Pacete
17 de abril de 2023
Taylor Hill/Getty Images
De acordo com o Wall Street Journal, Musk criou uma companhia chamada X.AI Corp, em Nevada, nos Estados Unidos.
O bilionário Elon Musk voltou a ser notícia por causa da inteligência artificial. Após protagonizar, nos últimos meses, uma série de alfinetadas contra a OpenAI, empresa que ajudou a fundar e é dona do ChatGPT, Musk estaria abrindo sua própria empresa de IA. De acordo com o Wall Street Journal, ele criou uma companhia chamada X.AI Corp, em Nevada, nos Estados Unidos.
Outra matéria, do Business Insider, apontou que o empresário comprou 10 mil equipamentos da Nvidia que são fundamentais para treinamento de IA. Questionado pela BBC sobre o tema, Musk afirmou que com certeza o Twitter e a Tesla precisam desses equipamentos. Existe a possibilidade de que o bilionário integre a nova empresa de IA com Tesla SpaceX, Twitter e outras empresas relacionadas a ele.
Uma história de amor e ódio com a IA
Musk fundou a OpenAI junto com Sam Altman no ano de 2015, mas rompeu a sociedade em 2018 por não concordar com os rumos. À época, disse que o ChatGPT era “assustadoramente bom”, mas recentemente não tem deixado de criticar a ferramenta que vem se tornando cada vez mais popular. Em suas últimas críticas, Musk chegou a dizer que o ChatGPT é treinado para ser “woke”, o que em tradução literal significa um conceito sobre quem tem consciência social sobre racismo, homofobia e outras causas, o que segundo ele não faz sentido já que a tecnologia precisa ser agnóstica.
Sam afirmou na entrevista publicada em março que a OpenAI permanece inerente à Microsoft e destacou que a empresa não está presente no Conselho da OpenAI mesmo sendo a principal financiadora do projeto. Recentemente, a Microsoft aportou US$ 10 bilhões na ferramenta. “Eu realmente acho que Elon Musk se preocupa com o futuro em relação à inteligência artificial regenerativa, porém, o vejo como um idiota na medida que vem se estressando sobre como será o futuro da humanidade.”
O executivo ainda afirmou que os riscos do ChatGPT-4 estão sendo mensurados e defendeu que sempre haver benefícios e ameaças antes de escalar a tecnologia ao público. “Não acho que seria bom para nós abrir o código GPT-4, por exemplo. Acho que isso causaria algum estrago no mundo, ou pelo menos há uma chance disso. Não podemos ter certeza de que não”, concluiu.
Qualquer pausa deve ser “pública e verificável” e incluir todos os principais atores, disse a carta. O documento também aponta que os desenvolvimentos acelerados dos últimos meses ressaltam a necessidade de ação drástica com “laboratórios travados em uma corrida fora de controle” para desenvolver e implantar sistemas cada vez mais poderosos que ninguém – incluindo seus criadores – pode entender, prever ou controlar.
Laboratórios e especialistas independentes devem usar a pausa para desenvolver um conjunto de protocolos de segurança compartilhados que sejam auditados e supervisionados por especialistas externos, disse a carta, o que deve garantir que os sistemas de IA “estejam seguros além de qualquer dúvida razoável”.
Os signatários incluem cientistas da computação conhecidos como Yoshua Bengio e Stuart Russell, pesquisadores acadêmicos de peso e indústrias como Oxford, Cambridge, Stanford, Caltech, Columbia, Google, Microsoft e Amazon, bem como proeminentes empreendedores de tecnologia como o cofundador do Skype, Jaan Tallinn, o cofundador do Pinterest, Evan Sharp, e o cofundador da Ripple, Chris Larsen.